06 de mai 2025
GPA registra queda de 20% nas ações após balanço misto e reestruturação do conselho
Ações do Grupo Pão de Açúcar despencam 20% após prejuízo de R$ 169 milhões e reestruturação conturbada no Conselho de Administração.
Loja do Pão de Açúcar (Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo)
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As ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) caíram 20,21% nesta terça-feira, 6 de maio de 2025, fechando a R$ 3,04. A queda ocorreu após a divulgação do balanço do primeiro trimestre, que revelou um prejuízo líquido de R$ 169 milhões, embora tenha representado uma melhora de 74,4% em relação ao ano anterior.
A empresa perdeu R$ 378 milhões em valor de mercado. A receita líquida cresceu 3,9%, totalizando R$ 4,8 bilhões. O Itaú BBA destacou que o GPA mantém um modelo de negócios resiliente, mas enfrenta desafios devido à alta alavancagem e contingências. A dívida líquida da companhia aumentou para R$ 2,4 bilhões, comparada a R$ 1,39 bilhão no trimestre anterior.
Reestruturação do Conselho
A performance das ações também foi impactada por discussões sobre a reestruturação do Conselho de Administração. Em uma Assembleia Geral Extraordinária, o conselho foi destituído e um novo colegiado de nove membros foi eleito. O investidor Rafael Ferri reduziu sua participação na empresa para 2,73%, gerando incertezas sobre a nova direção do GPA. Ferri afirmou que sua decisão foi estritamente de investimento.
O empresário Nelson Tanure, que controla o fundo multimercado Saint German, conseguiu eleger apenas um membro para o conselho, o que levantou especulações sobre sua estratégia futura. Tanure indicou que está revisando seus planos para a empresa após não conseguir eleger a chapa desejada.
Análise do Mercado
Analistas consideram os resultados do GPA mistos. A XP Investimentos observou que a alavancagem e as despesas operacionais continuam a ser preocupações, apesar das melhorias nas métricas operacionais. A margem bruta aumentou para 27,6%, refletindo melhores condições comerciais.
O Bank of America destacou que o GPA se beneficia das dificuldades enfrentadas por concorrentes, mas o alto endividamento e as contingências permanecem como obstáculos. A falta de clareza sobre os próximos passos do novo conselho também contribui para a volatilidade das ações.
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