07 de mai 2025
Pandora descarta produção nos EUA e planeja aumentar preços devido a tarifas
Pandora opta por aumentar preços em vez de transferir produção para os EUA, temendo tarifas de até 46% que podem impactar o setor.
Compradores em fila na joalheria Pandora no Reino Unido: Se Trump implementar as tarifas globais quando a pausa de noventa dias terminar, a joalheria dinamarquesa poderá aumentar ainda mais os preços, disse o CEO da marca. (Foto: Bing Guan/Bloomberg)
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A Pandora, marca dinamarquesa de joias, decidiu não transferir sua produção para os Estados Unidos, optando por aumentar os preços para lidar com possíveis tarifas de importação. O CEO, Alexander Lacik, afirmou que os altos custos de mão de obra e a escassez de trabalhadores qualificados tornam inviável a mudança. Atualmente, a empresa fabrica noventa e cinco por cento de suas peças na Tailândia, país que pode ser afetado por tarifas de até 36%.
Em entrevista à Bloomberg TV, Lacik destacou que a proposta de tarifas é um "aspecto indesejável". A Pandora já enfrentou aumentos de preços no ano passado devido ao aumento nos custos da prata. Se as tarifas forem implementadas, a empresa poderá repassar esses custos aos consumidores. "Não há eficiência suficiente que eu possa gerar em nossa produção para cobrir tarifas de 40%", disse Lacik.
A empresa estima que o impacto das tarifas poderia chegar a 1,2 bilhão de coroas dinamarquesas (aproximadamente US$ 182 milhões) por ano. Apesar da pausa tarifária de noventa dias anunciada pelo presidente dos EUA, a Pandora manteve sua previsão de receita orgânica para 2025, mas reduziu a expectativa de margem de lucro devido à volatilidade da moeda.
Produção e Perspectivas
A Pandora planeja abrir uma nova fábrica no Vietnã, que também enfrenta ameaças tarifárias. Lacik mencionou que a mão de obra nos EUA não possui a qualificação necessária para a produção artesanal das joias, que atualmente conta com até 15 mil artesãos na Tailândia. "O custo da mão de obra nos EUA seria completamente não competitivo", afirmou.
O CEO também expressou preocupação com a incerteza econômica, que afeta a capacidade de planejamento da empresa. "Não sei como será meu contexto, então não vale a pena fazer uma orientação", concluiu Lacik. A empresa continua a monitorar a situação e se compromete a atualizar suas previsões conforme necessário.
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