Economia

Brasil negocia instalação de fábricas de biofertilizantes com tecnologia chinesa

Brasil negocia cinco fábricas de biofertilizantes com tecnologia da China, visando fortalecer a agricultura familiar e a reforma agrária.

Rosa Amorim (Foto: Anderson Stevens)

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O Brasil iniciou negociações para a instalação de cinco fábricas de biofertilizantes com tecnologia da Universidade Agrícola da China (CAU). A primeira unidade está prevista para ser construída em Caruaru, Pernambuco. Essa iniciativa surge após a visita de uma delegação de parlamentares brasileiros à China, focada na reforma agrária e na agricultura familiar.

Durante a visita, que ocorreu no final de março, os parlamentares se reuniram com Dilma Rousseff, atual presidente do banco dos Brics. A deputada estadual Rosa Amorim (PT-PE) destacou que Dilma vê a agricultura familiar como uma solução para as desigualdades sociais no Sul Global. A tecnologia da CAU permite transformar mais de 14 mil toneladas de resíduos orgânicos em 4,5 mil toneladas de fertilizantes orgânicos anualmente.

A parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e a CAU, formalizada em um Memorando de Entendimento, é fundamental para adaptar essa tecnologia ao Brasil. Rosa Amorim enfatizou a importância da agricultura familiar e da reforma agrária para combater a fome e a pobreza. Em Caruaru, a prefeitura já disponibilizou resíduos orgânicos para a produção dos bioinsumos.

Avanços e Parcerias

As negociações para investimentos também envolvem o Banco do Nordeste. No âmbito do acordo entre a UnB e a CAU, mais de oitenta equipamentos da China serão utilizados na Fazenda Água Limpa e em assentamentos do Distrito Federal. Esses equipamentos, que utilizam big data na agricultura familiar, estão em fase de testes em estados como Rio Grande do Norte, Ceará e Goiás.

O deputado estadual Mauro Rubem (PT-GO), que acompanhou a delegação, mencionou a importância da digitalização na agricultura familiar. Ele acredita que a parceria com a Sinomach Digital pode facilitar o acesso a esses equipamentos no Brasil. Além disso, a cooperação científica entre Brasil e China tem se fortalecido, especialmente em temas relacionados à sustentabilidade e mudanças climáticas.

Em março, a Universidade de São Paulo (USP) promoveu um evento para estreitar essa colaboração, reunindo pesquisadores para discutir estratégias de pesquisa em áreas como conservação da Amazônia e produção sustentável de alimentos. O coordenador do Centro de Estudos Amazônia Sustentável da USP, Paulo Artaxo, ressaltou a relevância da China na produção científica global e a necessidade de parcerias estratégicas entre os dois países.

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