Economia

Brasil retoma negociações com a Aliança do Pacífico para ampliar comércio e investimentos

Brasil e Chile reativam negociações comerciais, enquanto o Mercosul busca ampliar acordos internacionais sob a presidência brasileira.

Presidente Lula e presidente do Chile, Gabriel Boric, no Palácio do Planalto (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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O Brasil e o Chile retomaram as negociações para estreitar laços comerciais, em um momento em que o Brasil se prepara para assumir a presidência do Mercosul. As tratativas foram discutidas em uma reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gabriel Boric, em Brasília. O objetivo é ampliar acordos internacionais e fortalecer a integração econômica entre os dois blocos.

As conversas sobre uma possível integração entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, que inclui Chile, Colômbia, Peru e México, foram iniciadas em 2021, mas não avançaram devido à falta de interesse dos membros, exceto o Chile. A nova ofensiva surge em resposta ao protecionismo dos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump, que incentivou o Brasil a buscar novas parcerias.

A Aliança do Pacífico representa uma oportunidade para o Mercosul, pois os países do bloco têm ampliado suas relações comerciais com a Ásia, especialmente com a China. A professora Flavia Loss, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, destaca que a Aliança é uma zona de livre comércio, permitindo que seus membros façam acordos fora do bloco, ao contrário do Mercosul.

O Mercosul, que inclui Argentina, Uruguai e Paraguai, busca expandir sua agenda comercial. Recentemente, o bloco firmou um acordo com Cingapura e está em negociações com a União Europeia e a Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA). O PIB combinado da Aliança do Pacífico é de aproximadamente US$ 2 trilhões, enquanto o do Mercosul é de US$ 3,5 trilhões.

O ex-secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, acredita que os efeitos práticos de um acordo com a Aliança do Pacífico podem ser limitados, já que existem tratados comerciais individuais com os países do bloco. Contudo, ele ressalta que a sinalização de diálogo é positiva. O Brasil pretende manter a regra que proíbe negociações separadas entre os membros do Mercosul, evitando assim a fragmentação da Tarifa Externa Comum (TEC).

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