Uber endurece regras para sabáticos e pode influenciar outras empresas a seguir o exemplo

A Uber anunciou mudanças em sua política de sabáticos pagos, aumentando o tempo de elegibilidade de cinco para oito anos. A decisão foi comunicada em uma reunião interna, onde o CEO Dara Khosrowshahi afirmou que a alteração pode levar alguns funcionários a reconsiderar suas opções. Além disso, a empresa exigirá que os colaboradores retornem ao escritório três dias por semana, uma mudança que se alinha com a tendência de maior controle das empresas sobre o trabalho remoto.

A nova política de sabáticos pode influenciar outras organizações a restringirem benefícios semelhantes. Atualmente, apenas 6,6% das empresas oferecem sabáticos pagos, segundo dados da International Foundation of Employee Benefit Plans. O percentual de empresas que oferecem sabáticos não remunerados, por outro lado, aumentou para 14,7% em 2024, refletindo uma demanda crescente por esse tipo de benefício.

Especialistas em recursos humanos, como Kira Schabram, destacam que os sabáticos são uma forma eficaz de prevenir o burnout e podem trazer benefícios tanto para os funcionários quanto para as empresas. No entanto, a nova postura da Uber pode desencorajar outras empresas a oferecerem essa opção. A expectativa é que, com a pressão por maior controle, outras organizações sigam o exemplo da Uber e implementem restrições semelhantes.

A política de sabáticos da Uber foi criada em um momento em que a empresa era menor e o tempo de serviço de cinco anos era considerado raro. A mudança reflete uma nova abordagem em relação à flexibilidade no ambiente de trabalho, que pode impactar a retenção de talentos, especialmente entre os mais jovens, que valorizam esse tipo de benefício.