17 de mai 2025
Setor siderúrgico pede ao governo Lula aumento de tarifas sobre aço chinês
Setor siderúrgico brasileiro pressiona governo Lula por tarifas mais altas contra aço chinês, após aumento de 42% nas importações em 2025.
Os presidentes da China e do Brasil, Xi Jinping e Lula, durante fórum China-Celac em Pequim (Foto: Ricardo Stuckert - 13.mai.2025/PR)
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O setor siderúrgico brasileiro está pressionando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva a aumentar as tarifas sobre o aço chinês. A reclamação é de que a prática de preços desleais por parte da China prejudica a indústria nacional. O CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, destacou que as medidas adotadas em 2024 para conter as importações não foram eficazes. Em 2025, as importações de aço chinês aumentaram 42% em relação ao ano anterior, totalizando 1 milhão de toneladas nos primeiros três meses.
Werneck pediu ao governo que fortaleça as defesas comerciais, afirmando que as atuais regras, que impõem uma tarifa de 25% sobre volumes acima de uma cota, não surtiram efeito. Ele ressaltou que o governo está aberto ao diálogo, mas os técnicos em Brasília avaliam como renovar as defesas comerciais sem infringir regras internacionais.
O CEO da Gerdau também alertou que o aço está entrando no Brasil a preços inferiores aos que as empresas chinesas pagam pelo minério de ferro brasileiro. Ele criticou os subsídios do governo chinês, que, segundo ele, prejudicam a competitividade do Brasil. Werneck enfatizou que o setor não busca proteção, mas sim condições justas de competição.
Relações Comerciais com a China
A relação do Brasil com a China é complexa. Recentemente, Lula assinou acordos estratégicos com o país asiático, mas o setor siderúrgico se opõe a práticas que consideram desleais. Na Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil tem defendido um diálogo transparente sobre o excesso de capacidade da China, enquanto a delegação chinesa argumenta que suas exportações refletem vantagens competitivas legítimas.
Werneck acredita que o governo brasileiro defenderá a indústria nacional, mas ressalta a necessidade de um ambiente de competição isonômica. Ele defende que as relações comerciais com a China devem ser mantidas, desde que as condições de competição sejam justas. A Gerdau, que opera nos Estados Unidos, vê as tarifas impostas pelo governo Trump como benéficas, permitindo um crescimento na produção de aço no país.
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