Irmãos buscam casas a um euro na Sicília para ajudar novos proprietários

Os irmãos sicilianos Antonino e Carmelo Cuschera estão revolucionando o mercado imobiliário na Itália ao facilitar a venda de casas em ruínas por apenas um euro. Desde 2020, eles já venderam mais de 50 propriedades, principalmente para estrangeiros, sem exigir reformas ou prazos.

A iniciativa visa revitalizar áreas despovoadas da Sicília, onde muitos imóveis históricos estão abandonados. Antonino, ex-produtor de mel, e Carmelo, especialista em tecnologia, fundaram a agência Vero Affare, que significa "bom negócio". Eles atuam como intermediários entre proprietários que desejam se desfazer de suas casas e compradores interessados.

Os imóveis oferecidos pelos irmãos estão localizados em cidades como Sutera, Campofranco e Caltanissetta. A maioria das casas é pequena, datando da década de 1930, e algumas exigem reformas significativas. No entanto, não há exigências de reformas ou prazos, permitindo que os compradores decidam o que fazer com as propriedades.

Processo de Venda

Os irmãos Cuschera se destacam por não envolver prefeituras no processo de venda. Antonino explica que os proprietários entram em contato diretamente com eles, e eles cuidam da documentação necessária. Isso inclui garantir que todos os herdeiros estejam de acordo com a venda, o que pode ser um desafio, dado que muitos imóveis têm múltiplos proprietários.

Além do preço simbólico, os compradores podem enfrentar custos adicionais, como taxas para regularizar a documentação. Mesmo assim, a proposta atrai muitos interessados, incluindo norte-europeus e ucranianos em busca de novas oportunidades.

O Valor das Propriedades

Os irmãos acreditam que o valor das casas vai além do preço de venda. Muitas estão situadas em locais históricos e pitorescos, oferecendo uma experiência única. Carmelo menciona que, frequentemente, compradores que inicialmente buscam imóveis prontos acabam optando por casas em ruínas devido à sua localização privilegiada.

A iniciativa dos Cuschera não visa lucro, mas sim a revitalização de comunidades em declínio. Eles esperam que novos moradores ajudem a restaurar essas áreas, trazendo vida e desenvolvimento a lugares que enfrentam desafios demográficos.