Cibercriminosos aproveitam incertezas sobre tarifas para aplicar golpes em consumidores

Os consumidores estão enfrentando tarifas elevadas sobre produtos importados, com um aumento médio de 17,8%, o maior desde mil novecentos e trinta e quatro. Essa situação é resultado de políticas tarifárias recentes dos Estados Unidos, que afetam mais de cento e oitenta países.

Especialistas alertam que novas tentativas de fraude relacionadas a tarifas estão surgindo. Cibercriminosos estão enviando solicitações de pagamento falsas, aproveitando a confusão gerada pelas tarifas. Theresa Payton, CEO da Fortalice Solutions, afirma que a incerteza sobre as tarifas cria um "perfeito cenário para os criminosos".

Essas fraudes podem se apresentar como mensagens de texto ou e-mails solicitando pagamentos de tarifas, supostamente de varejistas, empresas de entrega ou agências governamentais. James Lee, presidente do Identity Theft Resource Center, destaca que os golpistas costumam usar ações governamentais como base para seus esquemas.

Aumento das Fraudes

A equipe da PreCrime Labs, da BforeAI, identificou cerca de trezentos registros de domínios relacionados a tarifas nos primeiros meses do ano. Alguns desses sites espalham desinformação, enquanto outros visam fraudes financeiras. Um exemplo é um domínio de phishing que induz os consumidores a acreditar que devem fazer pagamentos a uma entidade governamental legítima.

Além disso, consumidores têm relatado receber solicitações legítimas de empresas de transporte após compras, para cobrir taxas de importação. Bernie Hart, vice-presidente de uma empresa de logística, explica que, se a transportadora não coletou essas taxas antecipadamente, cobrará o consumidor posteriormente.

Dicas de Segurança

Para evitar cair em fraudes, especialistas recomendam cautela ao receber mensagens sobre tarifas. Payton sugere que os consumidores fiquem atentos a e-mails ou mensagens que prometem "alívio de tarifas" ou "vouchers". Lee aconselha a questionar solicitações inesperadas sobre pacotes retidos devido a taxas não pagas.

Verifique sempre a documentação oficial, como o formulário 7501, que detalha a importação. Golpistas costumam criar sites e e-mails falsos que imitam empresas legítimas. Preste atenção a erros de ortografia e endereços de e-mail que não correspondem aos de entidades oficiais.