Economia

Caminhões enfrentam adulteração de diesel em até 24% em estados brasileiros em 2024

Caminhões enfrentam adulteração de até 24% no diesel em 2024, com crime organizado infiltrado em 941 postos em 22 estados.

Caminhões estacionados em um posto de combustível em São Paulo (Foto: Mathilde Missioneiro - 27.nov.2020/Folhapress)

Caminhões estacionados em um posto de combustível em São Paulo (Foto: Mathilde Missioneiro - 27.nov.2020/Folhapress)

Ouvir a notícia

Caminhões enfrentam adulteração de diesel em até 24% em estados brasileiros em 2024 - Caminhões enfrentam adulteração de diesel em até 24% em estados brasileiros em 2024

0:000:00

Em 2024, até 24% do diesel utilizado em caminhões em alguns estados brasileiros foi adulterado. Essa prática, que se tornou comum no setor de combustíveis, gera impactos econômicos, ambientais e na segurança dos veículos. Investigações revelam a infiltração do crime organizado em 941 postos de combustíveis em 22 estados.

O levantamento, realizado pelo Instituto Combustíveis Legal (ICL), baseou-se em dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os estados com os maiores índices de adulteração do diesel incluem Alagoas (24%), Mato Grosso do Sul (18%) e Amapá (15%). No caso da gasolina, Alagoas também lidera, com 12% de adulteração.

A adulteração afeta um volume estimado de 5,42 bilhões de litros de combustível, impactando cerca de 72,1 mil abastecimentos. Apesar disso, o índice de conformidade no mercado nacional alcançou 98,1% em 2024, superando os 97,4% de 2023. A prática de adulteração geralmente envolve a adição ou remoção de componentes para manipular o preço final do produto.

Caminhões e veículos de passeio enfrentam danos e perda de eficiência devido a essa prática. O diretor do ICL, Carlo Faccio, destacou que a adulteração ocorre em várias etapas da cadeia de combustíveis, atraindo o crime organizado. As investigações indicam que facções como PCC, Comando Vermelho e Família do Norte dominam parte dos postos.

O Núcleo Estratégico de Combate ao Crime Organizado, coordenado pelo Ministério da Justiça, está avaliando medidas para aumentar a transparência no setor. Entre as propostas, está o cruzamento de dados sobre a entrada e saída de combustíveis nos postos. O secretário Nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, mencionou que diversas propostas normativas estão em discussão para coibir a adulteração.

Estudos indicam que o crime organizado lucra mais com combustíveis do que com cocaína, gerando R$ 61,5 bilhões em receita. A Operação Boyle, do Ministério Público de São Paulo, revelou a atuação de grupos ligados ao PCC na adulteração de combustíveis, incluindo a criação de empresas de fachada para lavagem de dinheiro.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela