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Fabricante do Ozempic demite CEO durante reunião por videoconferência

Novo Nordisk enfrenta turbulência após demissão de CEO; queda de 53% nas ações e pressão da fundação controladora marcam a crise.

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Quando Lars Fruergaard Jorgensen, CEO da Novo Nordisk, recebeu a notícia de sua demissão em uma videochamada com o presidente do conselho, Helge Lund, não esperava tal desfecho. A decisão ocorreu após uma queda de 53% nas ações da empresa e falhas em novos medicamentos. A fundação controladora expressou insatisfação com a gestão, especialmente em um cenário competitivo crescente, liderado pela Eli Lilly.

Na sexta-feira, 16 de novembro, a farmacêutica anunciou a saída de Jorgensen, que havia liderado o lançamento de Ozempic e Wegovy, medicamentos que geraram US$ 26 bilhões em vendas. Em entrevista, Jorgensen afirmou respeitar a decisão e reconheceu que isso faz parte do jogo corporativo. A mudança surpreendeu o mercado, que já observava a perda de espaço da Novo para a Lilly, especialmente com o novo medicamento Zepbound, que demonstrou maior eficácia na perda de peso.

Desafios e Concorrência

A Novo Nordisk enfrenta desafios significativos, incluindo a insatisfação com o desempenho do novo medicamento CagriSema, que não atendeu às expectativas. Lund indicou que a empresa buscará novos líderes, tanto internos quanto externos, para reverter a situação. Historicamente, a Novo teve apenas cinco CEOs em mais de um século, todos promovidos internamente.

A saída de Jorgensen é um movimento sem precedentes para a Novo, que sempre se destacou pela estabilidade. Antes da demissão, o executivo acreditava ter o apoio do conselho, mas a pressão da fundação controladora, que possui 77% dos direitos de voto, foi decisiva. A empresa também teve que defender seus preços no Congresso dos EUA, onde Jorgensen foi questionado sobre a acessibilidade dos medicamentos.

O Futuro da Novo Nordisk

Com a saída de Jorgensen, há especulações sobre o retorno de Lars Rebien Sorensen, que liderou a empresa de 2000 a 2016 e se juntará ao conselho em 2025. A fundação expressou apoio a Sorensen, destacando sua experiência. Para alguns investidores, a atual baixa nas ações representa uma oportunidade, enquanto para os funcionários, a demissão foi um choque. Em um vídeo, colegas aplaudiram Jorgensen ao deixar a sede da empresa, reconhecendo sua liderança.

A Novo Nordisk agora enfrenta um momento crítico, onde a adaptação e evolução de sua estratégia serão essenciais para recuperar a confiança do mercado e a competitividade diante de rivais como a Eli Lilly.

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