22 de mai 2025

Nestlé enfrenta desafios após críticas à gestão do ex-CEO pela nova liderança
Laurent Freixe, novo CEO da Nestlé, critica a diversificação de Mark Schneider e prioriza o fortalecimento do core business em meio a desafios.
Foto:Reprodução
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O CEO da Nestlé, Laurent Freixe, criticou a estratégia de diversificação de seu antecessor, Mark Schneider, afirmando que ela "enfraqueceu a estrutura da empresa". Em entrevista ao Financial Times, Freixe destacou que o foco excessivo em novas categorias, como suplementos alimentares, desviou a atenção dos pilares principais da companhia, como café e alimentos para pets. Desde sua nomeação em agosto do ano passado, Freixe tem promovido uma recenteralização das operações, trazendo líderes regionais de volta à sede em Vevey, na Suíça.
Freixe, que tem quase 40 anos de experiência na Nestlé, enfatizou que a empresa não deve depender de grandes aquisições ou vendas de ativos para crescer. Ele acredita que a gestão de portfólio não deve ser vista como um atalho e que a revitalização do core business é a prioridade. O crescimento orgânico da Nestlé caiu para 2,2% em 2023, comparado a 7,2% no ano anterior, e o lucro líquido recuou 2,9%, totalizando 10,9 bilhões de francos suíços.
Desafios e Estratégias
Freixe também abordou a pressão sobre os preços e a concorrência intensa no mercado. Ele observou que a demanda está fraca e que a oferta está se normalizando, o que tende a ser mais deflacionário. A Nestlé enfrenta uma queda no volume de vendas, com consumidores migrando para alternativas mais baratas. Apesar da desaceleração nas vendas de alimentos processados, Freixe defendeu a relevância da categoria, embora reconheça a perda de competitividade.
Além disso, o CEO indicou que a empresa está aberta a se desfazer de marcas deficitárias, como a operação de alimentos congelados nos EUA, que viu uma queda de 15,5% nas vendas no último ano. Freixe também mencionou a busca por um investidor para reestruturar o segmento de água mineral, após um relatório do Senado francês que levantou preocupações sobre a segurança dos produtos da Nestlé.
Foco no Futuro
Recentemente, Freixe reduziu a meta de margem operacional da Nestlé para "pelo menos 17%", abaixo da faixa anterior de 17,5% a 18,5%. Ele lançou um plano de corte de custos de US$ 2,8 bilhões, enfatizando a necessidade de realismo em um cenário de consumo fraco. Apesar de preocupações com medicamentos para perda de peso que podem impactar o setor, Freixe afirmou que a Nestlé está alinhada com as tendências de qualidade alimentar e nutrição.
A nova abordagem de Freixe visa fortalecer a Nestlé em um mercado desafiador, buscando revitalizar suas operações e focar no que realmente importa para a companhia.
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