21 de mai 2025
Empresas brasileiras investem R$ 371 bilhões na expansão da capacidade produtiva em 2024
Investimentos em expansão da capacidade produtiva no Brasil alcançam R$ 371 bilhões em 2024, o maior valor em dez anos.
Uso da capacidade instalada nas fábricas do País voltou a bater a marca de 83% (Foto: Jonne Roriz/Estadão)
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Em 2024, os investimentos em expansão da capacidade produtiva no Brasil alcançaram R$ 371 bilhões, o maior valor em dez anos. O crescimento foi impulsionado pela demanda aquecida e pela redução da taxa Selic. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) destaca que esse montante representa 18,2% do total de investimentos produtivos no país.
Após um período de recessão e pandemia, as empresas brasileiras voltaram a investir na ampliação de suas operações. Entre 2016 e 2020, o Brasil enfrentou uma significativa ociosidade nas fábricas, resultando em uma perda de capacidade produtiva. A recuperação econômica, no entanto, foi rápida, com o uso da capacidade instalada nas fábricas atingindo 83%, o maior índice em 11 anos.
Setores em Destaque
Os setores de siderurgia e petroquímica se destacaram nos investimentos. A Gerdau, por exemplo, destinou R$ 1,5 bilhão para aumentar a produção de bobinas de aço em Minas Gerais. A Moura, fabricante de baterias, investiu R$ 850 milhões para dobrar a reciclagem de chumbo em Pernambuco. Já a Braskem anunciou R$ 614 milhões para expandir suas usinas na Bahia, Rio Grande do Sul e Alagoas.
Marco Antônio Cavalcanti, do Ipea, afirma que a demanda aquecida e o uso elevado da capacidade instalada incentivaram novos investimentos. A redução da Selic entre 2023 e 2024 também contribuiu para esse cenário favorável.
Infraestrutura e Parcerias
Os investimentos em infraestrutura também mostraram crescimento, totalizando quase R$ 260 bilhões em 2024, superando recordes anteriores. Os investimentos privados, que chegaram a R$ 197 bilhões, foram fundamentais para esse avanço. Mais de cem projetos de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) foram realizados nos últimos três anos.
O novo arcabouço fiscal, com regras mais flexíveis de gastos e um piso para investimentos públicos, facilitou a retomada de obras federais. O consultor Cláudio Frischtak destaca que, apesar do crescimento, os investimentos ainda são insuficientes para modernizar a infraestrutura do país.
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