Novo IOF altera custos para quem planeja viajar ao exterior em breve

Quem planeja viajar para o exterior deve estar atento às novas regras do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que foram anunciadas recentemente. A partir de agora, a alíquota do IOF foi elevada para 3,5% em todas as transações, incluindo cartões de crédito, débito, pré-pagos e na compra de moeda em espécie. Essa mudança impacta diretamente o custo das viagens.

Antes da alteração, a compra de moeda em espécie era mais vantajosa, pois o IOF era de 1,1%. Com a nova taxa, essa vantagem desaparece, conforme explica Jeff Patzlaff, planejador financeiro. Para quem realizava remessas internacionais, a taxa também subiu de 1,1% para 3,5%. O especialista Diego Costa, da B&T XP, observa que tanto o papel moeda quanto as contas globais perderam atratividade.

Impacto nas Compras

O aumento do IOF também afeta o uso de cartões de crédito e débito internacionais, que agora têm uma alíquota de 3,5%, um leve aumento em relação aos 3,38% anteriores. Embora essa taxa tenha sido reduzida de 6,38% em 2022, a nova fixação em 3,5% encarece as despesas gerais de viagem. Para compras em sites internacionais, como Shein e AliExpress, nada muda, mas o IOF será aplicado se a compra for feita com cartão de crédito internacional.

Com a equalização das taxas, o foco dos viajantes deve ser o câmbio. Para quem compra moeda física ou envia dinheiro ao exterior, o câmbio do dia é relevante. Já no caso de cartões de crédito, o câmbio é definido no fechamento da fatura. As instituições financeiras também apresentam spreads diferentes, o que pode afetar o valor final.

Estratégias para Viajantes

Patzlaff destaca que a mudança no IOF tem um impacto significativo no custo total das viagens. Em períodos de alteração de políticas tributárias, a taxa de câmbio tende a oscilar. Por isso, Antonio Pontes, da The Hill Capital, sugere que os viajantes antecipem a compra de moeda e o envio de recursos para garantir uma taxa de câmbio fixa e evitar surpresas.

Com a nova alíquota, é essencial que os consumidores comparem as taxas e busquem as melhores opções disponíveis. Fintechs podem oferecer cotações mais vantajosas, mas é preciso estar atento às taxas adicionais que podem encarecer as operações.