Fiesp promete lutar contra o IOF considerado absurdo pelo presidente da entidade

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, criticou a recente elevação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), considerando-a um "absurdo" que agrava a situação das empresas. Em discurso realizado na terça-feira, 27, durante um fórum sobre escassez de mão de obra, ele se comprometeu a lutar contra essa medida, que afeta diretamente operações de crédito.

Josué argumentou que o aumento do IOF é uma ação "insensata", que penaliza ainda mais as empresas já sobrecarregadas por juros elevados. Ele ressaltou que o imposto, por ser "quase que cumulativo", prejudica as cadeias de produção mais longas. "Nós lutamos 30 e poucos anos para acabar com os impostos indiretos cumulativos, e aí vem o IOF aumentando", afirmou, enfatizando a necessidade de reverter essa decisão.

Críticas ao Paternalismo

Além das críticas ao IOF, o presidente da Fiesp abordou a questão do trabalho informal, destacando que muitos trabalhadores estão optando por empregos sem carteira assinada. "A realidade está mostrando que ele é capaz, e ele está decidindo o seu destino", comentou, referindo-se à preferência dos jovens por trabalhar por conta própria. Uma pesquisa apresentada durante o evento revelou que 58% dos trabalhadores preferem essa modalidade, enquanto apenas 11% desejam ser empregados na indústria.

Josué também criticou a visão paternalista presente em diversos setores, incluindo a Justiça do Trabalho. Para ele, essa abordagem desprotege os trabalhadores ao tratá-los como incapazes de decidir sobre suas vidas. "Esse paternalismo, na verdade, está desprotegendo justamente quem eles visam proteger", concluiu, convocando a sociedade a se unir para reduzir os juros no Brasil e alcançar taxas mais justas para o desenvolvimento econômico.