México busca acordo comercial favorável com Estados Unidos em meio a tarifas altas

O México continua a buscar um tratamento preferencial nos acordos comerciais com os Estados Unidos. O secretário de Economia, Marcelo Ebrard, demonstrou otimismo nas negociações do Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá (TMEC), que devem começar entre setembro e outubro. Essa expectativa surge em meio à guerra tarifária iniciada pela administração Trump, que impôs tarifas de 25% sobre o aço e alumínio mexicanos.

Ebrard destacou que o México possui um tratado de livre comércio com os Estados Unidos, sendo o único que isenta quase 90% do comércio bilateral de tarifas. Ele afirmou que o governo mexicano está comprometido em proteger a indústria nacional de ferro e aço, realizando reuniões frequentes com o setor siderúrgico para enfrentar os desafios impostos pelas tarifas.

Investimento do BBVA

Durante a Reunião Nacional de Conselheiros Regionais do BBVA, Ebrard também mencionou um investimento de R$ 100 bilhões anunciado pelo banco no México. O presidente do Grupo BBVA, Carlos Torres Vila, afirmou que esse investimento representa confiança e visão de longo prazo, destacando as vantagens competitivas do país.

O plano de investimento do BBVA inclui desembolsos em tecnologia e inteligência artificial, visando melhorar a experiência dos usuários. O vice-presidente do banco, Eduardo Osuna, ressaltou a importância da colaboração entre a iniciativa privada e o governo para enfrentar a atual incerteza econômica.

Perspectivas Futuras

Ebrard acredita que a antecipação das negociações do TMEC trará mais segurança para os três países envolvidos. Ele enfatizou que a integração comercial entre México e Estados Unidos é benéfica para ambos, contribuindo para os interesses de longo prazo. O governo de Claudia Sheinbaum já obteve algumas vitórias, como a exclusão do México da lista de tarifas recíprocas.

As negociações com o Canadá também serão retomadas, seguindo a estratégia de integração comercial na América do Norte. Ebrard concluiu que a realidade econômica impõe limites, mas os benefícios da parceria são significativos para o futuro das relações comerciais.