Economia

Leilões imobiliários crescem no Brasil como alternativa de investimento e moradia

Leilões imobiliários no Brasil crescem 24% em 2024, atraindo investidores com estratégias como "house flipping" e locação de curto prazo.

Patrícia Oliveira, 32, em seu apartamento em Perdizes, que comprou por um valor abaixo do mercado em um leilão e está reformando. (Foto: Rafaela Araújo/Folhapress)

Patrícia Oliveira, 32, em seu apartamento em Perdizes, que comprou por um valor abaixo do mercado em um leilão e está reformando. (Foto: Rafaela Araújo/Folhapress)

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Comprar imóveis em leilões se tornou uma prática crescente no Brasil, com um aumento de 24% nas vendas em 2024, totalizando 275 mil unidades e movimentando R$ 200 bilhões. Especialistas apontam que essa tendência é uma resposta ao encarecimento do crédito imobiliário e à digitalização do setor.

A Associação Brasileira de Arrematantes de Imóveis em Leilões (Abraim) destaca que, apesar do crescimento, apenas 12,6% dos imóveis disponíveis foram arrematados. Gustavo Amaral, presidente da Abraim, explica que muitos imóveis não foram vendidos devido a preços supervalorizados ou pendências jurídicas.

A digitalização facilitou o acesso ao mercado de leilões, permitindo que investidores conduzam todo o processo remotamente, desde a análise jurídica até a arrematação. As estratégias de investimento mais comuns incluem o "house flipping", que consiste em comprar, reformar e revender imóveis, e a aquisição para locação de curto prazo, como via Airbnb.

A Caixa Econômica Federal leiloou 47 mil imóveis em 2024, um aumento significativo em relação aos 9 mil de 2022. Esse crescimento reflete o impacto da pandemia e a alta da taxa Selic, que encarece os financiamentos. Glauber Araújo, gerente de mercado imobiliário da Superbid Exchange, ressalta que a rentabilidade depende da habilidade do investidor em identificar oportunidades e realizar reformas eficientes.

Patrícia Oliveira, uma engenheira civil de 32 anos, comprou um apartamento em Perdizes por R$ 1 milhão em um leilão. Ela está reformando o imóvel e estima que, mesmo com os custos, o investimento total ficará R$ 300 mil abaixo do preço de mercado. Ela recomenda que os compradores façam uma pesquisa detalhada sobre o valor real dos imóveis antes de participar de leilões.

Outra tendência é a compra de imóveis para locação de curto prazo, com foco em gerar rendimento imediato. A Leilão Eletrônico e a Casa Onze Imóveis firmaram uma parceria para atender a esse público. André Zalcman, CEO da Leilão Eletrônico, afirma que esse modelo atrai investidores que buscam consolidar carteiras de imóveis para aluguel ou revenda.

Para quem deseja investir em leilões, especialistas recomendam realizar uma pesquisa detalhada, conhecer as regras do edital e considerar formar uma equipe de apoio com profissionais como advogados e engenheiros. A segurança da operação é crucial; sempre busque leiloeiros oficiais e evite pagamentos em contas não vinculadas.

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