Economia

Marcas reduzem apoio a eventos do Orgulho em meio a pressões políticas e econômicas

Marcas reduzem apoio ao Mês do Orgulho em resposta a pressões políticas, temendo retaliações e boicotes de consumidores conservadores.

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Nos últimos anos, o Mês do Orgulho se tornou um evento de marketing vibrante para muitas marcas, com lojas decoradas com bandeiras do arco-íris e produtos temáticos. Contudo, em 2025, 39% das empresas planejam reduzir seu apoio público à comunidade LGBTQ+ devido a pressões políticas e receios de retaliação.

Uma pesquisa da Gravity Research, que entrevistou mais de duzentos executivos, revelou que muitas empresas estão evitando campanhas visíveis e apoio público. O receio de provocar clientes e ativistas conservadores, além de ameaças de investigações por parte de agências federais, tem levado as marcas a adotar uma postura mais discreta. "É claro que a administração e seus apoiadores estão impulsionando essa mudança", afirmou Luke Hartig, presidente da Gravity Research.

O clima atual reflete uma mudança significativa nas estratégias corporativas. Empresas como Bud Light e Target enfrentaram reações negativas após suas campanhas de marketing voltadas para o público LGBTQ+. A queda nas vendas da Bud Light em 2023, após uma parceria com uma influenciadora trans, exemplifica o impacto do backlash conservador.

Mudanças nas Estratégias de Marketing

A Target, por exemplo, está adotando uma abordagem mais contida neste Mês do Orgulho. A empresa anunciou que venderá uma coleção limitada de produtos relacionados ao orgulho em "lojas selecionadas" e manterá a linha completa disponível online. Um funcionário da Target comentou que "a empolgação dos clientes e colaboradores para o Mês do Orgulho diminuiu" devido a essa mudança.

Outras marcas, como Kohl's e Macy's, também estão reduzindo suas iniciativas de apoio público. Enquanto Kohl's não anunciou planos para este ano, a Macy's continua a apoiar eventos de orgulho, mas sem fazer anúncios oficiais. A maioria das empresas está se preparando para possíveis reações negativas, com 65% delas desenvolvendo estratégias para lidar com o backlash.

Apoio Interno à Comunidade LGBTQ+

Apesar da redução na visibilidade pública, muitas empresas continuam a apoiar seus funcionários LGBTQ+ internamente. Apenas 14% das empresas relataram planos de diminuir o engajamento interno durante o Mês do Orgulho. Sarah Kate Ellis, presidente da GLAAD, destacou que as empresas estão buscando maneiras mais eficazes de integrar o apoio à comunidade LGBTQ+ em suas operações. "Elas estão se aprofundando em vez de simplesmente apoiar um evento", afirmou Ellis.

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