Caixa supera crédito imobiliário tradicional com contratações do Minha Casa, Minha Vida

As contratações do programa Minha Casa, Minha Vida superaram pela primeira vez as do crédito imobiliário tradicional na Caixa Econômica Federal. O anúncio foi feito pelo presidente do banco, Carlos Vieira, durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2025. A nova faixa do programa, que atende famílias com renda mensal de até R$ 12 mil, contribuiu para esse crescimento.

O saldo da carteira imobiliária da Caixa atingiu R$ 850,4 bilhões, um aumento de 12,7% em relação ao ano anterior. No primeiro trimestre, a instituição financiou 164,2 mil imóveis para 656,7 mil pessoas, totalizando R$ 49,3 bilhões em contratações. Apesar da queda de 4,6% em relação ao mesmo período de 2024, houve um aumento de 4,6% em comparação ao último trimestre do ano passado.

Mudanças no Financiamento

A Caixa implementou mudanças no financiamento pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), reduzindo o valor máximo de crédito para imóveis de até R$ 1,5 milhão. A nova cota máxima de financiamento é de 70% do valor do imóvel, em vez de 80%. Essa estratégia visa evitar a falta de recursos em meio à alta da Selic (taxa básica de juros).

A participação da Caixa no mercado de crédito imobiliário é de 66,8%, e no programa Minha Casa, Minha Vida, a instituição é responsável por mais de 99% dos contratos. A vice-presidente de habitação da Caixa, Inês da Silva Magalhães, destacou a criação de uma linha de recursos livres para médio e alto padrão, além de estratégias para garantir a captação de recursos.

Expectativas Futuras

Inês também mencionou que a possibilidade de destinar recursos do pré-sal para habitação de interesse social é uma “excelente notícia”. O orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para este ano é de R$ 124 bilhões, com R$ 116 bilhões já disponibilizados. A Caixa continua buscando alternativas para garantir a continuidade do financiamento habitacional no Brasil.