Correios lançam novo marketplace para concorrer com o Mercado Livre

Os Correios anunciaram o lançamento do marketplace "Mais Correios", previsto para julho, como parte de sua estratégia de diversificação e inovação. A plataforma digital visa oferecer suporte logístico e comercial a vendedores e compradores, inicialmente focando em grandes empresas, com planos de expansão para pequenos empreendedores.

O site maiscorreios.com.br já está disponível para cadastro, permitindo que usuários recebam informações sobre benefícios e novidades. As mais de 10 mil agências dos Correios atuarão como pontos de suporte, facilitando a captação de vendas e o atendimento ao cliente, além de servir como locais para retirada de encomendas.

Durante a assinatura do contrato com a Infracommerce, responsável pela gestão do site, o presidente dos Correios, Fabiano Silva, destacou que a nova plataforma pretende ocupar um espaço estratégico no e-commerce brasileiro. A Infracommerce fornecerá a infraestrutura digital necessária, incluindo sistemas de pagamento e suporte tecnológico, sendo remunerada por comissões sobre as vendas realizadas.

Expansão e Diferenciais

A parceria entre os Correios e a Infracommerce terá duração inicial de cinco anos, podendo ser prorrogada. A estrutura logística dos Correios, com sua capilaridade e frete competitivo, será um diferencial importante para o sucesso do marketplace. O foco inicial em grandes empresas será seguido pela inclusão de pequenos e médios empreendedores, visando fortalecer a presença da estatal no comércio eletrônico.

O Mais Correios busca explorar o potencial do e-commerce no Brasil, especialmente entre consumidores que ainda não compraram online e pequenas empresas que enfrentam dificuldades para digitalizar suas vendas. A proposta é oferecer uma entrada acessível ao mercado digital, com taxas competitivas e suporte presencial nas agências.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, ressaltou que essa iniciativa aumentará a competitividade dos Correios, que enfrentaram um rombo de R$ 3,2 bilhões no ano passado. O governo federal investiu R$ 800 milhões para aprimorar a capacidade logística da estatal, reforçando a importância desse novo passo no cenário do comércio eletrônico.