Economia

SAFs enfrentam R$ 1 bilhão em prejuízo e questionam gestão do futebol brasileiro

Clubes brasileiros que adotaram a Sociedade Anônima do Futebol enfrentam prejuízos alarmantes, acumulando perdas de R$ 1 bilhão em 2024.

Vista geral do estádio antes de uma partida de quartas de final da Copa CONMEBOL Libertadores 2022 entre Atlético Mineiro e Palmeiras no Estádio Mineirão em Belo Horizonte, Brasil, em 3 de agosto de 2022. (Foto: Ricardo Moreira/Getty Images)

Vista geral do estádio antes de uma partida de quartas de final da Copa CONMEBOL Libertadores 2022 entre Atlético Mineiro e Palmeiras no Estádio Mineirão em Belo Horizonte, Brasil, em 3 de agosto de 2022. (Foto: Ricardo Moreira/Getty Images)

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Onze dos principais clubes brasileiros que adotaram o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) encerraram 2024 com um prejuízo líquido superior a R$ 1 bilhão, conforme levantamento da consultoria Sports Value. Esse valor representa um aumento de sete vezes em relação ao prejuízo de R$ 141 milhões registrado em 2023. No total, essas SAFs acumularam perdas de R$ 1,4 bilhão nos últimos três anos, sem contar os dados do Botafogo, que ainda não foram divulgados.

Entre os clubes que já publicaram seus balanços, apenas o Cuiabá apresentou lucro, com um resultado positivo de R$ 64,8 milhões em 2024, um crescimento de 73% em relação ao ano anterior. O faturamento total do clube foi de R$ 218,8 milhões, com mais da metade proveniente da venda de direitos econômicos de jogadores. A SAF do Cuiabá foi formalizada em 2021, com investimento da família Dresch.

Prejuízos Significativos

O Atlético-MG liderou as perdas, registrando um prejuízo de R$ 299,4 milhões, mesmo com a maior receita bruta da história do clube, que alcançou R$ 674 milhões, um aumento de 46% em relação a 2023. O resultado negativo foi impulsionado por despesas financeiras elevadas, especialmente relacionadas à dívida da Arena MRV e à nova SAF. O clube gastou mais de R$ 500 milhões apenas em juros, e sua dívida líquida subiu de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,4 bilhão.

O Coritiba também enfrentou dificuldades, passando de um lucro de R$ 34,7 milhões em 2023 para um prejuízo de R$ 139,4 milhões em 2024. Essa queda foi atribuída a investimentos maiores no futebol e à redução de receitas com direitos de transmissão após o rebaixamento para a Série B. O Coritiba se tornou SAF em 2023, sob a gestão da Treecorp, durante um processo de recuperação judicial.

Desafios do Modelo SAF

Além do Coritiba, clubes como Vasco, Bahia, Cruzeiro, Fortaleza, América Mineiro, Atlético Goianiense e Red Bull Bragantino também enfrentam dificuldades financeiras. Amir Somoggi, sócio da Sports Value, destaca que a sustentabilidade do modelo SAF depende de uma regulamentação clara e controle das dívidas. Ele afirma que "hoje, os clubes estão com dívidas enormes e despesas financeiras pesadas, e isso não se sustenta".

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