Economia

Clubes brasileiros faturam bilhões, mas continuam atolados em dívidas

Clubes brasileiros enfrentam dívidas crescentes, mesmo com prêmios milionários do Mundial de Clubes 2025. A gestão financeira se torna crucial.

Bruno Fuchs #3 do Palmeiras é marcado por Allan #25 do Botafogo durante a partida das oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 entre SE Palmeiras e Botafogo FR no Lincoln Financial Field em 28 de junho de 2025. (Foto: Dustin Satloff / Fifa/Divulgação)

Bruno Fuchs #3 do Palmeiras é marcado por Allan #25 do Botafogo durante a partida das oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 entre SE Palmeiras e Botafogo FR no Lincoln Financial Field em 28 de junho de 2025. (Foto: Dustin Satloff / Fifa/Divulgação)

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O Palmeiras garantiu R$ 221,5 milhões ao avançar às quartas de final do Mundial de Clubes 2025, enquanto o Flamengo, eliminado, levou R$ 152 milhões. Apesar das receitas expressivas, os clubes brasileiros enfrentam um dilema financeiro, com dívidas que somam centenas de milhões. O crescimento das receitas não tem sido suficiente para conter o aumento das despesas, criando um ciclo vicioso.

Os investimentos em infraestrutura, como a Neo Química Arena do Corinthians e a Arena MRV do Atlético-MG, são um dos principais fatores do endividamento. O Corinthians, por exemplo, viu sua dívida saltar de R$ 54 milhões para R$ 176 milhões em um ano, após gastar R$ 107 milhões em contratações. A má gestão histórica e a pressão por resultados imediatos também contribuem para essa situação.

A Realidade das Dívidas

Os números são alarmantes. Em 2024, o Corinthians, mesmo com uma receita recorde de R$ 1,115 bilhão, enfrentou uma dívida crescente, enquanto o Atlético-MG lidava com R$ 410 milhões devidos pela construção de sua arena. O Flamengo, que passou por uma reviravolta financeira desde 2012, conseguiu reduzir suas dívidas por meio de uma gestão rigorosa e aumento de receitas, mas ainda enfrenta desafios.

O Mundial de Clubes se tornou uma tábua de salvação para os clubes brasileiros. A premiação deste torneio pode representar meses de folha salarial. O Palmeiras, por exemplo, já garantiu US$ 39,8 milhões apenas por sua participação. Para o Fluminense, que tem dívidas de R$ 632,8 milhões, essa quantia representa mais de 20% do total devido.

A Dependência de Prêmios

A dependência de prêmios internacionais revela a fragilidade financeira dos clubes. Enquanto um título do Campeonato Brasileiro rende cerca de R$ 48 milhões, a premiação do Mundial é significativamente maior. Essa realidade leva os clubes a uma busca incessante por competições internacionais, mas a falta de uma gestão sustentável pode perpetuar o endividamento.

Para evitar essa situação, ferramentas como o Fair Play Financeiro e o Profut foram implementadas. O primeiro limita gastos excessivos, enquanto o segundo permite o parcelamento de dívidas fiscais. Além disso, a transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem mostrado resultados promissores, com clubes como o Botafogo e o Cruzeiro se beneficiando de investimentos externos e gestão profissional.

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