Nova York projeta construção da maior usina nuclear dos últimos 15 anos nos EUA

O estado de Nova York anunciou planos para construir uma nova usina nuclear, marcando o maior projeto do tipo nos Estados Unidos em mais de 15 anos. A iniciativa, conforme reportado pelo Wall Street Journal, visa revitalizar o setor nuclear, que enfrenta desafios como altos custos e processos regulatórios lentos. A governadora Kathy Hochul designou a New York Power Authority para desenvolver uma usina com capacidade de 1 gigawatt, suficiente para abastecer cerca de um milhão de residências.

A construção da nova usina será um teste das políticas do governo Trump, que busca acelerar a liberação de licenças para projetos nucleares. A estatal será responsável por escolher o local e o modelo do reator, podendo atuar sozinha ou em parceria com empresas privadas. O setor nuclear americano tem enfrentado uma queda de capacidade de mais de 4% desde 2012, com o fechamento da usina de Indian Point em 2021, que atendia 25% da demanda elétrica de Nova York.

Medidas de Apoio

O plano de Nova York se baseia em medidas assinadas por Donald Trump, que visam reformular a agência reguladora e fortalecer a cadeia de suprimento de combustível nuclear. A governadora Hochul tem pressionado a Casa Branca para que os processos de licenciamento sejam mais ágeis, questionando a demora de cerca de uma década para a aprovação de projetos nucleares.

Além disso, o governo estadual considera utilizar terrenos de usinas nucleares em operação, controladas pela Constellation Energy. A proposta inclui a construção de um reator de grande porte ou um conjunto de pequenos reatores modulares, que poderiam ser fabricados em série, reduzindo custos e acelerando prazos.

Diálogo e Subsídios

O estado também busca um subsídio federal para expandir a usina Nine Mile Point, localizada em Oswego. As autoridades estão em diálogo com o Canadá para estudar o modelo de construção de pequenos reatores modulares adotado em Ontário. Essa abordagem pode oferecer uma alternativa viável para enfrentar os altos custos observados nas obras de reatores em Plant Vogtle, na Geórgia, que tiveram um custo final superior a US$ 30 bilhões.