Economia

Brasil avalia aquisição de usinas nucleares flutuantes da Rússia para a Amazônia

Brasil planeja instalar até 12 usinas nucleares flutuantes da Rosatom na Amazônia até 2035, visando atender à demanda energética local.

Usina flutuante Acadêmico Lomonosov no porto russo de Murmansk, antes de entrar em funcionamento (Foto: Alexander Nemenov - 19.mai.2018/AFP)

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O governo brasileiro está avaliando a aquisição de usinas nucleares flutuantes da estatal russa Rosatom para a região amazônica. O plano inclui a instalação de até 12 reatores até 2035, visando atender à crescente demanda energética da área.

A Rosatom já colabora com o Brasil na exploração de urânio, e o diretor da empresa para a América Latina, Ivan Dibov, expressou interesse em expandir essa parceria. A usina flutuante Acadêmico Lomonosov, a única em operação no mundo, gerou controvérsias entre ambientalistas, mas é vista pelo governo brasileiro como uma solução para regiões de difícil acesso, como a Amazônia.

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, destacou que os pequenos reatores podem oferecer soluções seguras e estáveis. No entanto, a implementação depende de regulamentações com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A usina russa levou dez anos para entrar em operação, e a Rosatom planeja que a Amazônia receba 0,6 GW de energia, além de mais 0,5 GW na costa nordestina.

Os custos da operação ainda não foram discutidos, mas a primeira usina russa teve um orçamento inicial de US$ 340 milhões, que aumentou para US$ 870 milhões. Silveira também mencionou o potencial dos reatores para alimentar datacenters e outras aplicações que demandam energia intensa.

A Amazônia, apesar de ter grandes hidrelétricas, enfrenta desafios de conectividade e depende de termelétricas a diesel. A matriz elétrica do Brasil é 85% renovável, mas a energia nuclear representa apenas 1,2% do consumo. A Rosatom, presente no Brasil desde 2015, já ganhou contratos para fornecer urânio enriquecido para as usinas de Angra, totalizando US$ 140 milhões.

A aproximação com a Rosatom, que começou durante o governo Jair Bolsonaro e se consolidou sob Luiz Inácio Lula da Silva, busca diversificar as fontes de urânio e reduzir a dependência de fornecedores tradicionais. A empresa russa também está interessada em explorar minas na Tanzânia e Namíbia, enquanto cerca de 40% do urânio consumido na Rússia é importado.

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