Economia

BP enfrenta crise e se transforma de líder em petróleo a alvo vulnerável

BP enfrenta crise financeira e pressões de acionistas, enquanto Shell descarta fusão e prioriza recompra de ações.

Logo da BP em posto de combustível da empresa em Londres (Foto: Ben Stansall - 11.fev.2025/AFP)

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A BP enfrenta um momento crítico, com dificuldades financeiras e pressões de acionistas que levantam especulações sobre uma possível aquisição, especialmente pela rival Shell. A empresa, que já foi um gigante do setor energético, tem visto seus retornos medíocres e o baixo preço das ações tornarem-na um alvo atrativo.

Recentemente, a Shell negou rumores sobre uma fusão com a BP, enquanto a empresa britânica busca aumentar seu apelo aos investidores através de cortes de custos e foco em suas operações de petróleo e gás. A situação da BP continua a gerar incertezas sobre seu futuro, com analistas questionando quanto tempo levará até que a empresa esteja à venda.

A BP, que ainda é uma das maiores empresas de energia do mundo, está tomando medidas para melhorar sua imagem, mas enfrenta desafios significativos. Ashley Kelty, analista da Panmure Liberum, comentou que a negativa da Shell não deve mudar a percepção de que a BP é uma empresa problemática. A trajetória da BP foi marcada por reveses, incluindo o desastre da plataforma Deepwater Horizon em 2010, que ainda gera custos anuais de cerca de US$ 1 bilhão em indenizações.

A nomeação de Bernard Looney como CEO em 2020 trouxe uma tentativa de reformulação, mas sua estratégia de focar em energia limpa não agradou a todos os investidores. A alta nos preços do petróleo após a invasão da Ucrânia pela Rússia complicou ainda mais a situação, levando a BP a registrar perdas significativas em projetos de energia renovável.

Atualmente, a relação entre dívida líquida e patrimônio líquido da BP é alarmante, com 83,6%, em comparação com 21,5% da Shell. Raghavendra Rau, professor da Universidade de Cambridge, destacou que a BP precisa de uma estratégia clara e consistente para se recuperar. Apesar dos problemas, a BP mantém pontos fortes, como sua produção nos Estados Unidos e no Azerbaijão.

A Shell, por sua vez, descartou uma aquisição sem um convite formal do conselho da BP. A fusão entre as duas empresas poderia criar um gigante do setor energético, mas a Shell prefere focar em suas operações atuais. Wael Sawan, CEO da Shell, afirmou que a recompra de ações é uma prioridade em vez de aquisições.

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