Economia

Governo de Javier Milei investe na exploração do petróleo em Vaca Muerta

Argentina busca se tornar potência exportadora de petróleo com aumento de 28% na produção em Vaca Muerta, apesar da volatilidade do mercado.

Argentina pode ser o epicentro do próximo boom do petróleo de xisto (Foto: Sarah Pabst/Bloomberg)

Argentina pode ser o epicentro do próximo boom do petróleo de xisto (Foto: Sarah Pabst/Bloomberg)

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A Argentina, sob a liderança do presidente Javier Milei, está experimentando um crescimento significativo na produção de petróleo em Vaca Muerta, uma das maiores formações de xisto do mundo. Após anos de estagnação, a produção diária de petróleo aumentou 28% desde a posse de Milei, atingindo 442 mil barris em abril. O objetivo é superar 1 milhão de barris diários nos próximos cinco anos, transformando o país em uma potência exportadora.

Milei, que implementou um modelo de livre mercado, eliminou restrições de preços e flexibilizou controles cambiais, facilitando a operação de grandes empresas como a Chevron. Essas mudanças são cruciais para atrair investimentos estrangeiros, necessários para explorar plenamente os recursos de Vaca Muerta. A formação rochosa é considerada por especialistas tão produtiva quanto a Bacia do Permiano, nos Estados Unidos.

Entretanto, o aumento da produção ocorre em um contexto de volatilidade nos preços do petróleo. Os preços do Brent chegaram a níveis baixos, o que levou alguns analistas a preverem uma possível queda na produção global. Apesar disso, as empresas argentinas, como a estatal YPF, mantêm investimentos, afirmando que podem operar com preços baixos.

Desafios e Oportunidades

A região de Neuquén, onde Vaca Muerta está localizada, tem visto um crescimento populacional significativo, com a população aumentando 32% entre 2010 e 2022. Muitos migrantes buscam oportunidades no setor petrolífero, mas a rápida urbanização traz desafios, como a escassez de moradia e infraestrutura.

O vereador Marcelo Venegas alerta sobre os riscos de um crescimento descontrolado, lembrando que outras cidades petrolíferas na Argentina se tornaram fantasmas após o declínio da indústria. A história recente da YPF, que enfrentou crises e nacionalizações, também gera incertezas sobre a estabilidade do setor.

Apesar dos desafios, a administração de Milei projeta um superávit comercial energético de US$ 8 bilhões para este ano, um marco que pode mudar a trajetória econômica do país. A construção de um novo oleoduto e um terminal portuário exclusivo são passos importantes para expandir as exportações, com a Argentina já enviando petróleo para os EUA e testando novos mercados na Índia e Austrália.

O futuro de Vaca Muerta e da economia argentina depende da continuidade das reformas e da capacidade de Milei de manter o apoio popular, especialmente com as eleições legislativas se aproximando. O sucesso do projeto pode ser decisivo para a recuperação econômica e a estabilidade política do país.

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