Paris destaca questões não resolvidas sobre as isenções de cognac concedidas por Pequim

A China anunciou que exigirá um aumento nos preços dos brandies europeus, especialmente o cognac, para evitar a imposição de novas taxas antidumping. A medida surge após uma investigação antidumping iniciada pelo país asiático em resposta a ações da União Europeia contra subsídios estatais chineses.

Diversos produtores de cognac, como Hennessy e Rémy Cointreau, concordaram em aumentar seus preços. O ministro francês da Indústria, Jean-Noël Barrot, destacou que essa decisão é positiva, mas ressaltou que ainda existem questões a serem resolvidas, como a exclusão de algumas empresas do acordo de isenção.

Durante uma conferência de imprensa em Paris, Barrot enfatizou a necessidade de uma solução definitiva para os conflitos comerciais entre a França e a China. Ele mencionou que as autoridades francesas têm trabalhado intensamente para proteger os interesses da indústria do cognac, que enfrenta perdas significativas devido às restrições impostas pela China.

O Ministério do Comércio chinês divulgou uma lista de 34 produtores que concordaram com o aumento de preços, permitindo que escapem das novas taxas. Essa decisão foi considerada uma saída "menos desfavorável" pela Bureau National Interprofessionnel du Cognac (BNIC), embora os valores exatos das tarifas negociadas não tenham sido revelados.

O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, comentou sobre os diálogos entre os dois países, afirmando que foram alcançados importantes consensos. No entanto, um porta-voz da União Europeia expressou descontentamento com a decisão da China de aplicar medidas antidumping definitivas sobre as importações de brandy europeu.