Economia

Correios enfrentam dificuldades financeiras que impedem demissão voluntária

Correios enfrentam crise aguda, com demissões e busca por socorro da União em meio a prejuízos de R$ 2,6 bilhões e R$ 1,7 bilhão.

Movimentação em agência dos Correios (Foto: Danilo Verpa - 30.mai.25/Folhapress)

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Os Correios enfrentam uma grave crise financeira, acumulando prejuízos significativos nos últimos anos. Em 2024, a estatal registrou um resultado negativo de R$ 2,6 bilhões e, apenas no primeiro trimestre de 2025, o saldo foi de R$ 1,7 bilhão.

Para tentar reequilibrar suas contas, a empresa lançou um programa de desligamento voluntário (PDV), mas teve que prorrogar o prazo de adesão devido à falta de recursos para pagar os incentivos financeiros. A situação do caixa tem dificultado a adesão ao programa, que visa reduzir o quadro de pessoal. A medida foi implementada em meio a uma queda nas receitas e aumento das despesas.

Demissões e Reuniões com o Governo

O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, pediu demissão na última sexta-feira (4) e deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir sua saída. A estatal já considera solicitar ajuda da União para evitar um colapso financeiro. O governo, no entanto, sinalizou que não há espaço no orçamento para um aporte, o que exigiria cortes em outras áreas.

Em uma reunião realizada em 16 de junho, o presidente apresentou dados sobre a situação financeira da empresa, indicando que a necessidade de um socorro pode variar entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões. Para este ano, a necessidade pode ser de R$ 2 bilhões. A situação se agravou com a decisão de encerrar o teletrabalho para alguns grupos, o que levou a um aumento nas adesões ao PDV, já que muitos funcionários preferem não retornar ao trabalho presencial.

Medidas de Ajuste

Os Correios têm buscado alternativas para ajustar suas contas, como a venda de imóveis e a implementação do PDV. Apesar dessas iniciativas, a empresa continua a enfrentar dificuldades financeiras, queimando parte do caixa para honrar suas obrigações. A expectativa é que o quadro se agrave em 2026, quando as parcelas de financiamentos contratados começarão a impactar ainda mais o orçamento da estatal.

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