Economia

Indústria investe em FIDCs para driblar juros altos e reduzir custos financeiros

FIDCs crescem com 1.185 novos fundos e R$ 37 bilhões em recebíveis, ampliando opções de financiamento para indústrias e reduzindo juros.

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Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) estão se consolidando como uma alternativa de financiamento para a indústria, com um crescimento expressivo nos últimos anos. Nos últimos 12 meses, foram criados 1.185 novos FIDCs, com um aumento de 80% nos recebíveis da indústria, totalizando R$ 37 bilhões. Esse avanço é atribuído à modernização regulatória, à popularização do instrumento e aos avanços tecnológicos.

Dionathan Henchel, sócio fundador da Vertrau, destaca que a modernização do arcabouço regulatório trouxe segurança ao investidor, enquanto a popularidade do FIDC se espalhou entre as empresas. Os avanços tecnológicos melhoraram a segurança das transações, utilizando criptografia de dados e assinaturas digitais. Os FIDCs permitem que indústrias financiem operações de crédito com clientes e fornecedores, utilizando suas próprias notas fiscais e, em alguns casos, recebíveis de cartão de crédito.

Vantagens dos FIDCs

Os FIDCs oferecem uma alternativa mais eficiente aos financiamentos tradicionais, com juros menores. Para as indústrias, isso significa contornar os altos juros de outros financiamentos, baseando-se na confiança entre as partes. Além disso, a antecipação de recebíveis e operações de risco-sacado são vantagens significativas. Os fundos, geralmente fechados para investidores externos, são isentos de IOF, proporcionando benefícios tributários.

Sgobbi, especialista no setor, explica que a alíquota de Imposto de Renda é aplicada apenas no momento do resgate, permitindo um reinvestimento do caixa do imposto diferido. Essa operação é viável para indústrias com faturamento a partir de R$ 100 milhões. Embora os custos de gestão e administração variem entre 1,5% e 2,0% ao ano, a redução de IOF e o planejamento tributário compensam para empresas de maior porte.

Expansão do Mercado

João Baptista Peixoto Neto, CEO da Ouro Preto Investimentos, acredita que a tendência é que os FIDCs se tornem ainda mais populares. Ele afirma que grandes empresas que buscam financiar seus clientes devem estruturar fundos desse tipo para aumentar vendas e garantir segurança aos fornecedores. Para os investidores, é crucial conhecer bem o FIDC em que estão investindo, considerando os riscos associados a cada segmento.

O cenário atual mostra um mercado ainda pulverizado, com espaço para evolução tecnológica e simplificação dos processos. Apesar do crescimento expressivo, a maturação do setor indica que os FIDCs têm um potencial significativo para se expandir ainda mais nos próximos anos.

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