Economia

Premiação do Mundial pode aumentar a desigualdade entre clubes da América do Sul

Clubes brasileiros se destacam com prêmios recordes no Mundial de Clubes, enquanto Argentina enfrenta crise econômica e queda na competitividade.

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Em 2025, o Mundial de Clubes da Fifa promete premiações recordes, com um total de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,5 bilhões) a serem distribuídos. Clubes brasileiros, que dominam a Libertadores nos últimos anos, se beneficiarão significativamente, recebendo valores que podem chegar a R$ 578 milhões. A pressão por investimentos e a implementação do fair-play financeiro estão em pauta.

Os clubes brasileiros têm se destacado no cenário sul-americano, enquanto a economia argentina enfrenta desafios, como a alta inflação e a desvalorização da moeda. A última vez que um time argentino conquistou a Libertadores foi em 2018, e a situação atual dos clubes do país vizinho é crítica. O dólar alcançou 1.238 pesos argentinos, e a inflação anual é de 43,5%.

O Flamengo, por exemplo, pode receber prêmios que se aproximam do que o Paris Saint-Germain faturou ao vencer a Champions League, com valores em torno de 25 milhões de euros (R$ 152,8 milhões). O Palmeiras também se destacou, recebendo US$ 13,125 milhões (R$ 72,8 milhões) após avançar nas fases do Mundial.

Mudanças na Gestão e Financiamento

Desde 2021, clubes brasileiros podem receber investimentos como empresas, através da Lei da SAF, facilitando a injeção de recursos e a renegociação de dívidas. As casas de apostas se tornaram os principais patrocinadores, com estimativas de R$ 1 bilhão em aportes para os clubes da Série A em 2025. No entanto, o economista Cesar Grafietti alerta que a bolha financeira no futebol brasileiro pode estourar, já que nem todos os clubes têm a mesma capacidade de investimento.

Enquanto isso, a Argentina busca alternativas para revitalizar seus clubes, como a adoção das SADs (Sociedades Anônimas de Desporto). O presidente Javier Milei é um defensor desse modelo, mas a proposta gera divisões entre figuras históricas do esporte. A Associação de Futebol Argentina (AFA) enfrenta desafios legais e políticos em relação a essa mudança.

Impactos no Mercado Sul-Americano

A disparidade entre os clubes brasileiros e argentinos se reflete também nas contratações. Em 2025, a Série A contará com 47 jogadores argentinos, um aumento significativo em relação a anos anteriores. A CBF está implementando um Regulamento do Sistema de Sustentabilidade Financeira, visando promover o fair-play financeiro e equilibrar a competitividade no futebol.

A situação atual evidencia a necessidade de um modelo que promova maior competitividade na América do Sul, enquanto os clubes brasileiros continuam a prosperar em um cenário de crescente investimento e desafios econômicos para seus rivais argentinos.

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