Trump impõe tarifas de 25% sobre produtos do Japão e da Coreia do Sul

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre produtos importados do Japão e da Coreia do Sul, com início em 1º de agosto. A decisão foi divulgada em cartas postadas na rede social Truth Social, onde Trump também mencionou que as tarifas podem ser aumentadas caso esses países decidam retaliar.

As novas tarifas se somam a uma série de medidas protecionistas que visam corrigir déficits comerciais significativos. Em 2024, o déficit comercial dos EUA com o Japão e a Coreia do Sul foi de US$ 68,5 bilhões e US$ 66 bilhões, respectivamente. Trump destacou que a alíquota de 25% é "muito inferior ao necessário" para equilibrar a balança comercial.

Detalhes das Tarifas

As tarifas se aplicam a uma ampla gama de produtos e são independentes de taxas setoriais já existentes. Além disso, Trump alertou que produtos que tentarem evitar as tarifas mais altas estarão sujeitos a penalidades adicionais. O governo dos EUA já havia implementado tarifas sobre aço e alumínio, e agora busca expandir essa abordagem.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que cartas adicionais serão enviadas a outros países que não firmaram acordos comerciais com os EUA. A expectativa é que essas medidas impactem significativamente as economias dos países afetados, que, juntos, exportaram US$ 465 bilhões para os EUA no último ano.

Reações e Impactos

A decisão de Trump provocou reações imediatas nos mercados financeiros, com quedas nas bolsas de valores e uma alta no dólar. Economistas e empresários estão avaliando as novas tarifas, que podem resultar em preços mais altos para os consumidores americanos. A administração Trump continua a buscar acordos comerciais que possam mitigar os efeitos dessas tarifas.

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, e o presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, já expressaram preocupação com as novas tarifas e estão buscando formas de negociar acordos que evitem a aplicação das taxas. A situação continua a evoluir, com novas comunicações esperadas nos próximos dias.