Trump assina cartas com novas tarifas e ameaça sobretaxa de até 70% a 12 países

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que enviará cartas a 12 países na próxima segunda-feira, 9 de julho, informando sobre novas tarifas que podem chegar a 70%. As tarifas, que estavam suspensas, entrarão em vigor em 1º de agosto. Durante uma viagem a Nova Jersey, Trump afirmou que as cartas detalharão diferentes níveis de tarifas sobre produtos exportados para os EUA.

As tarifas foram inicialmente impostas em abril, com uma taxa básica de 10% e valores adicionais que poderiam alcançar 50%. No entanto, a maioria dessas tarifas foi suspensa por 90 dias para permitir negociações. O prazo para acordos comerciais termina em breve, e Trump indicou que as tarifas podem ser ainda mais altas do que as anteriormente anunciadas.

Mudança de Estratégia

Trump e seus assessores inicialmente planejaram negociar diretamente com os países, mas a falta de progresso levou a uma mudança de estratégia. O presidente comentou que "é muito mais fácil enviar uma carta" do que negociar individualmente. Até agora, apenas acordos limitados foram firmados, como com o Reino Unido e o Vietnã.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, também mencionou que cartas sobre tarifas serão enviadas a cerca de 100 países. Ele alertou que, se não houver progresso nas negociações até 1º de agosto, as tarifas podem retornar aos níveis anteriores, que incluem taxas de até 70%.

Impactos e Expectativas

A guerra comercial de Trump tem gerado preocupações sobre uma possível recessão global. Economistas alertam que as tarifas podem aumentar os custos para os consumidores e provocar instabilidade nos mercados financeiros. Apesar disso, Bessent minimizou as preocupações sobre inflação, afirmando que a criação de empregos continua saudável.

As tensões comerciais aumentam à medida que os principais parceiros comerciais tentam finalizar acordos ou solicitar mais tempo. O Japão e a União Europeia estão entre os países que buscam evitar as tarifas, enquanto o governo Trump pressiona para que os países se adaptem às novas condições comerciais.