08 de jul 2025
A perda de US$ 1,5 bi no setor de aço e alumínio preocupa sem tarifas sobre Brics
Retomada das tarifas de importação de aço e alumínio nos EUA pode reduzir exportações brasileiras em US$ 1,5 bilhão até o fim do ano.

Indústria siderúrgica. (Foto: Karan Bhatia/ Unsplash)
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A retomada das tarifas de importação de aço e alumínio nos Estados Unidos, que haviam sido suspensas durante a administração de Donald Trump, pode impactar as exportações brasileiras em US$ 1,5 bilhão até o final deste ano. A análise é do especialista em economia internacional Jorge Ferreira, professor da ESPM. As tarifas de 50% estão em vigor desde 4 de junho e podem ser ampliadas com a aplicação de uma alíquota adicional de 10% sobre países do Brics.
Ferreira destaca que o Brasil, sendo o segundo maior exportador de aço para os EUA, pode ver suas exportações reduzidas significativamente. O impacto poderia ser ainda maior, considerando que as exportações estavam aquecidas no primeiro trimestre, o que ajudou a mitigar os efeitos da tarifa anterior.
Revisão de Contratos
Desde a ameaça de tarifas, o mercado já começou a passar por revisões de contratos e ajustes nos preços futuros das commodities. Ferreira observa que a China pode compensar o déficit brasileiro, mesmo com a desaceleração de sua economia. Ele afirma que a reprecificação e a revisão de contratos estão em andamento, refletindo mudanças nos prazos de entrega e pagamento.
Por outro lado, Daniel Cassetari, CEO da HKTC, aponta que o mercado não sentiu os efeitos das tarifas de Trump, já que os preços do aço continuam a subir. Ele considera as ações do ex-presidente como um "tiro de espuma", sem eficácia real. Cassetari argumenta que as medidas protecionistas podem prejudicar a economia americana, elevando a inflação e encarecendo o crédito, enquanto os países exportadores buscam alternativas para contornar as barreiras impostas.
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