Fluminense lidera e clubes brasileiros acumulam R$ 845,67 mi em premiações

Os clubes brasileiros que participaram do Mundial de Clubes acumularam uma premiação total de US$ 155,09 milhões (aproximadamente R$ 845,67 milhões). O Fluminense se destacou como o maior beneficiário, recebendo US$ 60,84 milhões (cerca de R$ 331,66 milhões).

Entretanto, o Botafogo enfrentará um desconto de 5% em sua premiação, devido à sua condição de Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Essa estrutura está sujeita a um regime tributário específico, que inclui a unificação de impostos como IRPJ, CSLL, Pis/Pasep e Cofins. Em contraste, os demais clubes não sofrerão essa dedução.

Os valores recebidos pelos clubes variam conforme o desempenho na competição. O Palmeiras recebeu US$ 39,84 milhões (R$ 217,18 milhões), enquanto o Flamengo faturou US$ 27,71 milhões (R$ 151,06 milhões). O Botafogo, por sua vez, receberá US$ 26,71 milhões (R$ 145,60 milhões) após o desconto.

Tributação Internacional

A premiação total será impactada por tributações internacionais. Os Estados Unidos, sede do torneio, impõem uma taxa de 30% sobre valores pagos a entidades estrangeiras, como o Brasil, que não possui um tratado para evitar a bitributação. Essa taxa é aplicada pelo Internal Revenue Service (IRS), órgão equivalente à Receita Federal americana.

Antes do início da competição, cada clube recebeu US$ 15,2 milhões como forma de evitar descontos tributários nos EUA. Contudo, especialistas alertam que essa quantia também pode ser sujeita a tributações. A situação tributária dos clubes brasileiros reflete a complexidade do cenário financeiro em competições internacionais.

Desdobramentos Fiscais

Além do desconto aplicado ao Botafogo, os clubes ainda enfrentarão a tributação pela Receita Federal brasileira, que incide sobre o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) a uma alíquota de 15%. Existe a possibilidade de compensação dos encargos brasileiros, mediante comprovação contábil de tributos já pagos no exterior.

Os números finais que cada clube receberá serão calculados após a dedução das taxas da FIFA e dos tributos internacionais. Essa dinâmica fiscal impacta diretamente no montante líquido disponível para os clubes, que buscam maximizar seus ganhos em um cenário desafiador.