14 de jul 2025
Clubes brasileiros enfrentarão altos impostos sobre premiação do Mundial de Clubes 2025
Clubes brasileiros devem se preparar para desafios tributários no Mundial de Clubes de 2025, com retenção de 30% de imposto nos EUA.

Impostos no Mundial de Clubes: clubes brasileiros enfrentam tributações em dois países (Foto: Riquelve Nata/Sports Press Photo/Getty Images)
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O Mundial de Clubes da FIFA 2025, que ocorrerá nos Estados Unidos, representa uma nova era para o futebol, com a participação de 32 equipes e premiações significativas. No entanto, os clubes brasileiros enfrentam desafios tributários complexos, especialmente devido à retenção de 30% de imposto de renda nos EUA.
De acordo com o advogado Alécio Ciaralo, a estrutura jurídica de cada clube — seja associação civil, como Palmeiras e Flamengo, ou Sociedade Anônima do Futebol (SAF), como o Botafogo — impacta diretamente na tributação. A ausência de um acordo entre Brasil e Estados Unidos para evitar a dupla tributação complica ainda mais a situação. Assim, ao receberem prêmios do exterior, os clubes devem lidar com a retenção obrigatória de impostos antes que os valores cheguem ao Brasil.
Desafios Fiscais
Os clubes brasileiros, ao conquistarem prêmios expressivos, precisam considerar alternativas de planejamento tributário. Uma opção é a criação de um veículo empresarial nos Estados Unidos, que pode reduzir a alíquota de imposto para 21%, além de permitir a dedução de despesas relacionadas ao torneio. Essa estratégia, no entanto, exige uma análise cuidadosa dos custos e benefícios para cada instituição.
Além disso, todos os clubes, independentemente do modelo jurídico, estão sujeitos ao IOF sobre remessas internacionais, atualmente em torno de 1,1%. A carga tributária varia conforme o modelo adotado: enquanto as SAFs pagam impostos adicionais, as associações civis são isentas. Essa diferença é crucial para a gestão financeira e estratégica dos clubes.
Implicações para os Clubes
A estrutura tributária é um fator determinante nas decisões sobre o modelo jurídico dos clubes. A retenção de 30% nos EUA afeta diretamente a receita líquida que os clubes brasileiros podem esperar. Ciaralo destaca que essa situação exige uma gestão financeira robusta e um planejamento tributário eficaz para maximizar os benefícios da participação no torneio.
Com a realização do Mundial de Clubes nos Estados Unidos, os clubes brasileiros se veem diante de um cenário que exige não apenas desempenho em campo, mas também uma estratégia financeira bem elaborada para lidar com os desafios impostos pela tributação internacional.
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