09 de jul 2025
Santa Casa coloca à venda imóveis históricos, incluindo o prédio do ouro da Revolução de 32
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo busca R$ 200 milhões com a venda de imóveis para reduzir dívidas de R$ 650 milhões e garantir serviços.

Fachada ondulada do edifício Ouro para o Bem de São Paulo representa a bandeira do Estado, com treze listas – uma por andar. (Foto: Sergio Neves/Estadão)
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A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo decidiu vender sete imóveis no centro da capital para arrecadar R$ 200 milhões e quitar parte de suas dívidas, que totalizam R$ 650 milhões. Entre os imóveis à venda está o histórico edifício Ouro para o Bem de São Paulo, construído com doações durante a Revolução de 1932, e o antigo Colégio São José, na Rua da Glória.
A venda dos imóveis é parte de um plano para criar um fundo patrimonial e melhorar a situação financeira da instituição. A Santander Holding Imobiliária está encarregada de gerenciar a venda e já iniciou negociações com potenciais compradores. Os imóveis, que incluem opções residenciais e comerciais, foram adquiridos em doação há quase um século.
O edifício Ouro para o Bem de São Paulo, que abriga atualmente 67 famílias do Movimento Moradia Central e Regional, está envolvido em um processo de reintegração de posse. A Santa Casa informou que uma liminar já foi concedida para a desocupação, mas o cumprimento da decisão ainda depende de trâmites judiciais. O advogado Willian Fernandes, que acompanha o caso, afirmou que a ocupação não impede a venda, mas o novo proprietário terá que lidar com o processo de desocupação.
Imóveis Históricos
Além do Ouro para o Bem, o Colégio São José, fundado em 1880, e outros prédios históricos também estão no pacote de vendas. O prédio da Rua Major Quedinho, que abrigou a Escola de Enfermagem da Santa Casa, e um edifício na Avenida São João, tombado pelo Conpresp, fazem parte da lista. A expectativa é que as vendas sejam concluídas até o segundo semestre de 2025.
A Santa Casa, que realiza atendimentos exclusivamente pelo SUS, registrou em 2023 mais de 535 mil atendimentos ambulatoriais e 219 mil de urgência. A venda dos imóveis é vista como uma estratégia para garantir a continuidade dos serviços prestados à população, já que os recursos públicos não são suficientes para cobrir os custos operacionais.
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