10 de jul 2025
Café tem alta nos EUA e mercado teme novos aumentos com tarifas sobre o Brasil
Tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, incluindo café, podem impactar preços e relações comerciais entre Brasil e EUA.

Plantação de Café (Foto: Hilton Antônio Dornela / Sindicato dos Produtores Rurais de Campos Altos)
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Os preços do café arábica em Nova York subiram mais de 3,5% após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, incluindo café. A medida, que entrará em vigor em 1º de agosto, gerou preocupações no setor agropecuário brasileiro e reações do governo.
O Brasil, maior produtor mundial de café arábica, exportou 7,4 milhões de sacas para os EUA até novembro de 2024, representando 16% das exportações globais do país. A decisão de Trump, que alega que as tarifas são uma resposta a questões políticas envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi considerada "injustificável" por representantes do agronegócio brasileiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil responderá à altura, utilizando a Lei da Reciprocidade Econômica, que permite a imposição de tarifas equivalentes aos EUA. Lula destacou que o Brasil é um país soberano e não aceitará ingerências externas em suas instituições.
Reações do Setor Agropecuário
Entidades como a CNA e a ABAG criticaram a medida, argumentando que ela pode prejudicar tanto o Brasil quanto os consumidores americanos, encarecendo produtos como café e suco de laranja. O setor já se mobiliza para buscar soluções diplomáticas antes da implementação das tarifas.
Além do café, o suco de laranja também será afetado, visto que o Brasil fornece mais da metade do suco vendido nos EUA. A nova tarifa pode resultar em aumentos significativos nos preços desses produtos nas prateleiras americanas, impactando diretamente os consumidores.
Empresas americanas, como a Keurig Dr Pepper, já estão se preparando para possíveis aumentos nos preços. A expectativa é que a tarifa de 50% leve a um aumento de 0,5% no custo de produtos como os da Starbucks, que dependem do café brasileiro.
Perspectivas Futuras
O governo brasileiro está disposto a negociar, mas apenas em termos comerciais, sem discutir questões políticas. A situação gera incertezas sobre o futuro das relações comerciais entre os dois países, que são interdependentes em diversos setores. A mobilização conjunta de empresas de ambos os lados pode influenciar a posição da Casa Branca em relação às tarifas.




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