Economia

Mercado de terras vitícolas na França apresenta estagnação e desafios atuais

O mercado vitivinícola enfrenta uma queda acentuada, com preços de terras em declínio e mudanças nos hábitos de consumo.

Vignobles à Aloxe-Corton, en Bourgogne, région qui ne connaît pas la crise. (Foto: Reprodução)

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Após duas décadas de crescimento, o mercado vitivinícola enfrenta uma reversão significativa. Em 2024, o preço médio de um hectare de vinhedo caiu 1,1%, estabelecendo-se em 176.400 euros. A queda é ainda mais acentuada fora da Champagne, onde o valor médio é de 93.800 euros, com uma redução de quase 4%.

A diminuição da consumo global de vinho é um fator crucial. Segundo Benoît Léchenault, da BNP Paribas Wealth Management, essa mudança reflete uma tendência estrutural: "Hoje, se bebe menos, mas melhor". Os jovens, por sua vez, estão se afastando do vinho, preferindo cervejas e destilados, embora haja um leve aumento no interesse entre os 18 a 25 anos.

Impactos no Mercado

Essas transformações impactam diretamente o valor das terras vitícolas. A análise da Agrifrance revela que, em 2024, apenas 16.000 hectares foram transacionados, representando cerca de 2% do vinhedo nacional. A crise é evidente em Bordeaux, onde o mercado está estagnado, especialmente na faixa de entrada. Léchenault observa que "infelizmente, há arrachamentos e abandonos de vinhedos".

Para investidores, o cenário atual pode ser uma oportunidade. "Hoje, há mais opções e uma melhor capacidade de negociação em comparação com os últimos anos", afirma Léchenault.

Diferenças Regionais

A situação em Bordeaux contrasta com a de regiões como Bourgogne e Champagne, onde a escassez de terras e a alta demanda sustentam os preços. Louis Goudon, da BNP Paribas, destaca que "em Bourgogne, um hectare de grandes crus é rapidamente vendido quando disponível".

Regiões emergentes como Anjou e Saumurois também estão ganhando atenção, adaptando-se às expectativas dos consumidores e ao clima. Léchenault observa que "em Anjou, a identidade está sendo recuperada, especialmente com o chenin".

Investir em vinhedos ainda é viável, segundo Goudon. "É um ativo de diversificação, um investimento que combina paixão e patrimônio". O mercado vitivinícola, embora desafiador, continua a se adaptar às novas realidades.

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