06 de jan 2025
Artista revela novas perspectivas sobre a arte gerada por inteligência artificial
O artista Charlie Engman defende a IA na arte em artigo para Art in America. Engman critica a visão reducionista sobre a IA, destacando suas nuances. Seu livro "Cursed" será lançado na Paris Photo fair, misturando estranheza e erotismo. As imagens do livro desafiam percepções convencionais sobre arte gerada por IA. Engman busca explorar o potencial visual da IA, sem se prender a discursos tecnológicos.
"Peculiar, engraçada e perturbadora: uma imagem do livro recém-publicado sem texto Cursed (2024) (Foto: Cortesia do artista, SPBH Editions e MACK)"
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A discussão sobre o uso da inteligência artificial (IA) na arte tem gerado opiniões divergentes, como exemplificado por um post de Charlie Engman no Instagram. Em seu artigo para a Art in America, intitulado “Você Não Odeia IA, Você Odeia o Capitalismo”, Engman propõe uma nova perspectiva sobre o debate, que muitas vezes é visto de forma binária. Ele argumenta que a crítica à IA, frequentemente considerada derivativa e exploradora, ignora o fato de que a tecnologia reflete nossos próprios preconceitos e desejos.
Engman destaca que a verdadeira questão não é apenas sobre a originalidade, mas sobre quem se beneficia e quem é prejudicado no processo de criação artística. Ele cita um manifesto de 2017 que questiona “quem enriquece e quem empobrece” no contexto das grandes empresas de tecnologia. O artista sugere que a arte gerada por IA oferece uma reflexão sobre a realidade sociopolítica, apresentando “vislumbres distorcidos de nós mesmos”.
Em uma conversa com o The Art Newspaper, Engman expressou sua frustração com a falta de experimentação das pessoas com a IA. Ele acredita que muitos formam opiniões sem realmente explorar a tecnologia, o que limita a compreensão de suas capacidades. Engman enfatiza que sua própria experiência com a IA foi surpreendente e instrutiva, levando-o a explorar novas formas de expressão artística.
O lançamento de seu livro Cursed, programado para o Paris Photo fair, promete mostrar essa exploração. As imagens contidas na obra são descritas como “peculiares, engraçadas e perturbadoras”, refletindo a relação do artista com a IA. Engman optou por não incluir texto no livro, evitando uma discussão didática sobre a tecnologia, e focando nas qualidades visuais que a IA pode proporcionar. Para ele, “o livro é a obra”, representando uma mudança radical na forma como a arte pode ser criada e percebida.
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