Christie’s arrecada $21,3 milhões em leilão de arte contemporânea em Nova York

A leilão de meio de temporada da Christie’s, focado em arte pós-guerra, ocorreu em Nova York e arrecadou R$ 21,3 milhões. O evento, realizado em 27 de fevereiro, contou com 224 lotes, dos quais 67 não foram vendidos e 12 foram retirados, resultando em uma taxa de venda de 64,7%. O destaque foi a obra Concerto (1982) de Helen Frankenthaler, que foi arrematada por R$ 2,1 milhões, superando a estimativa de R$ 500 mil a R$ 700 mil.

Outros lotes notáveis incluíram Pressures (1967) de Ed Ruscha, que alcançou quase R$ 2 milhões, e Untitled (Ocean Park) de Richard Diebenkorn, vendido por R$ 781,2 mil. O leilão anterior, em março do ano passado, teve 248 lotes e arrecadou R$ 21,5 milhões, com uma taxa de venda de 71,3%. A comparação revela uma leve queda nas vendas e no número de lotes vendidos por valores acima de R$ 1 milhão.

A obra de Mark Grotjahn, estimada entre R$ 500 mil e R$ 700 mil, não foi vendida, refletindo a atual seletividade do mercado. Ivy Shapiro, consultora de arte, comentou sobre a mudança no mercado, destacando que ele está “muito seletivo” e “um pouco lento”. Obras de artistas renomados, como Josef Albers e Keith Haring, também não encontraram compradores.

Por outro lado, obras de artistas emergentes, como Yu Nishimura, tiveram resultados impressionantes, com Sandy beach (2020) vendida por R$ 296,1 mil, quase cinco vezes sua estimativa. Jennifer Guidi e Lisa Yuskavage também tiveram vendas significativas, contribuindo para um panorama de leilão que, apesar de desafiador, ainda apresenta oportunidades para artistas de destaque.