Os desafios de criar a lista das 100 melhores obras de arte do século XXI

A proposta de criar uma lista com as cem melhores obras de arte do século XXI foi inicialmente recebida com ceticismo por alguns editores da ARTnews e Art in America, mas acabou recebendo apoio entusiástico. O processo de seleção, no entanto, revelou-se desafiador, com os editores trocando ideias e defendendo suas escolhas em longas discussões. Critérios foram estabelecidos, como a limitação a uma obra por artista e a exigência de que as peças fossem produzidas entre 2000 e 2024, exceto por uma obra específica que desafiava essa regra.

Durante as discussões, surgiram complicações, como a dificuldade de incluir obras que funcionavam melhor em séries ou que pertenciam a projetos iniciados na década de 1990. A equipe, composta por jornalistas baseados em Nova York, decidiu focar nas obras que conheciam pessoalmente, resultando em uma lista subjetiva e não abrangente. Isso significa que outras publicações poderiam apresentar listas completamente diferentes, refletindo suas próprias experiências e visões.

A lista final não incluiu movimentos como a estética relacional ou o formalismo zumbi, e obras renomadas, como a caveira de diamantes de Damien Hirst, também ficaram de fora. A equipe reconheceu que o mundo da arte se expandiu significativamente, tornando impossível para um único grupo editorial abarcar tudo. A comparação com a seleção de 1950 ilustra como a arte contemporânea é mais diversificada e globalizada, com artistas de várias partes do mundo.

Por fim, a equipe admite que sua lista pode parecer incompleta no futuro, mas isso é aceitável diante da quantidade crescente de arte notável. Com cem obras e 15 mil palavras de texto para acompanhá-las, a lista ainda parece pequena em comparação com a vastidão da produção artística atual. O desejo é que, ao longo dos anos, novas descobertas sobre arte continuem a enriquecer o entendimento do século XXI.