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Siena ressurge na arte com a mostra 'Siena: o Nascimento da Pintura, 1300-1350' na National Gallery

A mostra "Siena: o Nascimento da Pintura, 1300 1350" está na National Gallery. Mais de 100 obras de mestres como Duccio e Simone Martini estão expostas. Siena, influenciada pela Via Francigena, moldou um estilo artístico único. A peste negra em 1350 interrompeu o auge artístico da cidade, afetando sua população. A arte de Siena, embora ofuscada, foi fundamental para o desenvolvimento da pintura.

DRAMA - 'Caminho do Calvário': detalhe do Retábulo de Orsini, de Simone Martini (Foto: Gérard Blo/RMN-Grand Palais/Musée du Louvre)

DRAMA - 'Caminho do Calvário': detalhe do Retábulo de Orsini, de Simone Martini (Foto: Gérard Blo/RMN-Grand Palais/Musée du Louvre)

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Em meados do século XIV, Siena e Florença eram rivais tanto nas artes quanto nas guerras. A localização de Siena na Via Francigena, rota que conectava a Itália ao noroeste da Europa, trouxe influências artísticas diversas, moldando um estilo decorativo único. A mostra Siena: o Nascimento da Pintura, 1300-1350, que chegou à National Gallery de Londres após sucesso no Metropolitan de Nova York, reúne obras de mestres como Duccio di Buoninsegna e Simone Martini, destacando a importância da cidade na arte europeia.

Os artistas de Siena foram pioneiros ao introduzir movimento e dramaticidade nas representações religiosas, quebrando a monotonia das obras anteriores. Duccio, por exemplo, foi contratado para obras em Florença, enquanto Pietro e Simone atuaram em diversas cidades italianas e na corte papal em Avignon. Contudo, a peste negra de 1350 dizimou a população de Siena, incluindo seus principais artistas, interrompendo seu período de esplendor.

Após a peste, Siena nunca recuperou seu brilho, sendo ofuscada por Florença, que se tornou o centro do Renascimento italiano. As obras de Siena, muitas vezes criadas para adornar igrejas, incluíam retábulos, como o Retábulo de Maestà de Duccio, que se destacou por seu tamanho e complexidade. Com 5 metros de largura, essa obra foi transportada em um desfile até a Catedral de Siena e, posteriormente, dividida em painéis que hoje estão espalhados por diversas coleções.

Apesar de sua relevância, as obras de Siena foram desconsideradas nos séculos seguintes, à medida que o Renascimento redefiniu os padrões artísticos. As pinturas medievais passaram a ser vistas como precursoras da "verdadeira" arte. No entanto, a contribuição dos mestres de Siena foi fundamental para o desenvolvimento da arte ocidental, estabelecendo as bases para as inovações que viriam a seguir.

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