Art Basel Hong Kong atrai colecionadores, mas vendas são tímidas no primeiro dia

Art Basel Hong Kong, a principal feira de arte da Ásia, iniciou suas atividades na quarta-feira, reunindo cerca de 240 galerias no Centro de Convenções e Exposições de Hong Kong. Apesar da leve queda em relação aos 243 expositores do ano anterior, o ambiente foi descrito como vibrante, com a presença de colecionadores de diversas regiões, incluindo Europa e Estados Unidos. No entanto, as vendas apresentaram um panorama dividido: enquanto as grandes galerias relataram transações rápidas e obras já vendidas antes da abertura oficial, galerias menores enfrentaram dificuldades, vendendo apenas algumas peças de menor valor.

Os galeristas expressaram otimismo, destacando a qualidade das interações com os colecionadores e a diversidade de interessados. Mathieu Borysevicz, diretor da Bank Gallery, observou que os colecionadores estão mais cautelosos e seletivos, preferindo adquirir uma única obra de alta qualidade em vez de várias. Apesar disso, a Bank Gallery conseguiu vender uma escultura de Zhang Yibei por $25 mil para o museu M+ de Hong Kong, embora tenha enfrentado desafios semelhantes aos do ano anterior.

Por outro lado, galerias de renome, como a David Zwirner, reportaram vendas significativas, incluindo uma pintura de Yayoi Kusama por $3,5 milhões. A Hauser & Wirth também teve um dia de sucesso, vendendo uma escultura de Louise Bourgeois por $2 milhões e várias outras obras de artistas renomados. A presença de colecionadores de fundações e museus privados da China foi um sinal positivo, indicando um possível retorno do interesse por aquisições de arte na região.

Enquanto algumas galerias, como a Wooson, ainda aguardavam suas primeiras vendas, outras, como a David Kordansky Gallery, estavam perto de esgotar seus estoques. O ambiente geral da feira reflete uma abordagem mais cuidadosa e deliberada por parte dos colecionadores, que, embora menos urgentes, demonstram um interesse renovado em obras de arte.