Art Basel Hong Kong encerra com resultados mornos em leilões e algumas vendas expressivas

A edição deste ano da Art Basel Hong Kong, que ocorreu na última semana, apresentou um cenário de energia e expectativa entre os colecionadores, que se mostraram cautelosos, focando apenas em obras de alta qualidade. Durante a prévia VIP na quarta-feira, galerias renomadas conseguiram fechar vendas significativas, enquanto galerias menores enfrentaram dificuldades para realizar negócios. O evento culminou com leilões de casas de arte, como Christie’s e Sotheby’s, que, apesar de atrair grande público, não superaram as expectativas em termos de resultados financeiros.

Na quinta-feira, Christie’s realizou um leilão que arrecadou US$ 73,3 milhões em 43 lotes, com uma taxa de venda de 95%. O destaque foi a pintura "Sabado por la Noche", de Jean-Michel Basquiat, vendida por US$ 14,5 milhões, próximo da estimativa máxima. Embora algumas obras de artistas como Pierre-Auguste Renoir e René Magritte tenham superado suas estimativas, o evento foi considerado menos surpreendente, com a venda concluída em pouco mais de uma hora.

No dia seguinte, Sotheby’s também teve um desempenho semelhante, arrecadando US$ 38,3 milhões em 42 lotes, mantendo uma taxa de venda de 95%. O leilão estabeleceu um novo recorde para Marc Chagall na Ásia, com a venda de "Fleurs de printemps" por US$ 4,44 milhões. Apesar de alguns lotes terem sido retirados ou não vendidos, a profundidade das ofertas foi notável, com várias obras recebendo múltiplos lances.

Os resultados gerais dos leilões foram 40% inferiores em comparação com os eventos equivalentes do ano anterior, marcando o pior desempenho desde 2018. No entanto, a presença de colecionadores chineses, que haviam se ausentado no ano anterior, foi um sinal positivo. Várias galerias, como Hauser & Wirth e Pace, relataram vendas significativas, incluindo obras de Zeng Fanzhi e Lee Ufan, indicando um retorno do interesse por parte de grandes colecionadores da região.