Air de Paris se retira da Art Basel 2025 após descontentamento com a localização do estande

Galeria Air de Paris se retira da Art Basel após 25 anos por discordância na localização do estande

A galeria Air de Paris, referência em arte contemporânea na França, anunciou sua saída da edição de 2025 da Art Basel, feira de arte realizada na Suíça. A decisão foi motivada pela mudança de local do estande, considerada injusta pela galeria após 25 anos de participação ininterrupta no evento.

A Air de Paris ocupava, desde 2001, um espaço de destaque no segundo andar da Messe Basel, com alta visibilidade. Para a edição de 2025, a galeria recebeu a opção de permanecer no local atual ou ser transferida para uma posição secundária. Mesmo escolhendo a primeira opção, a mudança foi “imposta” pela organização da feira.

“As condições sob as quais nosso estande foi alocado este ano foram brutais e injustas”, declararam Florence Bonnefous e Edouard Merino, fundadores da galeria, em comunicado. A dupla expressou descontentamento com o que considerou um jogo de poder.

A Art Basel, em nota, afirmou que a alocação de estandes é de sua total discrição e visa o melhor interesse da feira e de todos os participantes. A organização reconhece a importância da localização para os expositores, mas defende que o planejamento do espaço considera diversos fatores.

Especialistas do mercado de arte ressaltam que a localização em feiras é um indicativo de status e pode impactar as vendas. A Art Basel é considerada a feira de arte mais importante do mundo, e a visibilidade é crucial para o sucesso dos expositores.

Bonnefous, que também integra o comitê de seleção da Art Basel Paris, enfatizou a falta de respeito e honestidade na decisão. A galeria Air de Paris, fundada em 1990, manifestou sua recusa em aceitar o novo posicionamento e optou por se retirar da feira.

A decisão da Air de Paris é incomum, considerando a importância da feira para o mercado de arte e a longa trajetória da galeria no evento. A atitude demonstra a disposição de questionar práticas consideradas injustas, mesmo diante de um evento de grande porte.