04 de mai 2025
Museu Metropolitano destaca a história do dandi negro na moda com nova exposição
A nova exposição do Museu Metropolitano de Nova York, "Superfine: Tailoring Black Style", reescreve a história do dandyismo negro na moda.
Imagem do catálogo da exposição 'Superfine: Tailoring Black Style', no Met de Nova York, fotografada por Tyler Mitchell e com traje de Wales Bonner. (Foto: Evan Agostini/Invision/AP)
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O Museu Metropolitano de Nova York inaugura a exposição "Superfine: Tailoring Black Style" no dia 10 de maio, com foco na evolução do estilo negro e do dandyismo. A mostra, que ficará em cartaz até 26 de outubro, explora a moda masculina afrodescendente desde o século XVIII até os dias atuais.
A curadora Monica Miller, professora de Estudos Africanos, baseou a exposição em seu livro "Slaves to Fashion: Black Dandyism and the Styling of Black Diasporic Identity". A exposição destaca a trajetória de homens negros que, desde a época da escravidão, usaram a moda como forma de resistência e autoafirmação. "Ilustrará como os negros passaram de serem vistos como artigos de luxo a indivíduos autônomos que definem seu estilo," afirma Miller.
O dandyismo, que surgiu na Regência Inglesa, é reinterpretado na exposição como um símbolo de liberdade e expressão pessoal. A mostra inclui referências a figuras históricas como Julius Soubise, um escravo que se destacou por seu estilo, e Beau Brummell, um ícone do dandyismo. A curadoria busca reescrever a narrativa da elegância, enfatizando a importância da identidade racial e cultural na moda.
A inauguração da exposição coincide com a famosa Gala MET, um dos eventos de moda mais importantes do mundo. A expectativa é que as celebridades que comparecerem ao evento usem trajes que reflitam a temática da exposição, embora haja preocupações sobre a apropriação cultural. "Para os negros, vestirem-se sempre foi uma forma de se opor a algo," destaca Miller, ressaltando a complexidade da relação entre moda e identidade.
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