15 de mai 2025
Teresa Mavica promove diálogo cultural entre Rússia e Europa após crise da guerra
Teresa Iarocci Mavica retoma a curadoria com "The Sun to Come" em Nápoles, unindo artistas russos e europeus em meio à guerra na Ucrânia.
"Eu sempre acreditei que a cultura russa é uma parte integral da cultura europeia", disse Teresa Mavica à ARTnews. (Foto: Teresa Mavica)
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Teresa Iarocci Mavica, ex-diretora da V-A-C Foundation, retornou ao mundo da arte com a curadoria da exposição "The Sun to Come" em Nápoles. A mostra, que destaca artistas russos, busca promover o diálogo cultural entre Rússia e Europa. Mavica, que deixou a Rússia em 2022 após a invasão da Ucrânia, expressou sua tristeza pela separação cultural crescente.
A exposição, que ficará em cartaz até o final de maio, faz parte do programa bienal "REBIRTH" de Mavica. Ela enfatiza que três dos dez artistas apresentados são russos: Alexandra Sukhareva, Anastasia Ryabova e Olga Tsvetkova. Mavica afirmou que seu objetivo é continuar seu trabalho e manter viva a conversa entre as culturas.
Mavica, que co-fundou a V-A-C Foundation em dois mil e nove, resignou em novembro de dois mil e vinte e um. Ela descreveu os últimos três anos como um período de profunda tristeza, refletindo sobre a imensa divisão entre Rússia e Europa. “É doloroso ver tantos artistas e mentes brilhantes caírem nesse abismo”, disse.
A exposição "The Sun to Come" é nomeada em homenagem a uma canção de partisans italianos, simbolizando esperança e destruição. Mavica acredita que a arte transcende a política, mas lamenta a falta de apoio à cultura russa no cenário internacional. Ela criticou a decisão de fechar o Pavilhão Russo na Bienal de Veneza, afirmando que isso foi um golpe para a cultura.
Mavica, que se mudou para a Rússia em mil novecentos e oitenta e nove, sempre defendeu que a cultura russa é parte integrante da cultura europeia. Ela se opõe à ideia de que artistas russos devem ser boicotados devido à guerra. “Nunca me importei com o passaporte de um artista, apenas com seu trabalho”, afirmou.
A curadora, que vive atualmente em Nápoles, continua a lutar para reconstruir as pontes culturais entre as duas regiões. Mavica reconhece que a reconciliação levará tempo, mas acredita que é essencial refletir sobre os erros do passado.
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