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Mia Couto reflete sobre sua trajetória literária em evento no Rio de Janeiro

Mia Couto reflete sobre sua trajetória literária e a influência familiar em evento no Rio de Janeiro, destacando referências na literatura brasileira.

Escritor e biólogo Mia Couto participa de evento do Rio Capital Mundial do Livro. (Foto: Horacio Villalobos/Getty Images)

Escritor e biólogo Mia Couto participa de evento do Rio Capital Mundial do Livro. (Foto: Horacio Villalobos/Getty Images)

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O escritor moçambicano Mia Couto participou, nesta quinta-feira, 22, de um evento no Rio de Janeiro, em celebração ao Rio Capital Mundial do Livro. O encontro foi mediado pelo autor brasileiro Carlos Eduardo Pereira e organizado pela Secretaria de Cultura do Rio, em parceria com a Academia Brasileira de Letras, a Companhia das Letras, a Janela Livraria e o Estação Net Gávea.

Durante a palestra, Couto compartilhou como sua família influenciou sua obra. Autor de títulos como O Fio das Missangas e A Confissão da Leoa, ele destacou o protagonismo feminino em suas narrativas. “Eu sou de uma geração em que ser homem era uma obrigação o tempo inteiro. Na minha casa, a minha mãe era a única mulher, mas ela era a contadora de histórias”, afirmou.

Couto também relembrou a história de sua família, que deixou Portugal em mil novecentos e cinquenta e três para escapar da ditadura de Antonio Salazar. Ele mencionou que a ausência de parentes próximos o levou a se aproximar do mundo das histórias. “Na época, meu pai tinha sido preso. Nós não conhecemos nunca nenhum avô, nenhum tio”, explicou.

Influências Literárias

Ao falar sobre sua relação com a literatura brasileira, Couto citou Guimarães Rosa como uma grande influência. “Ele foi quem abriu a porta. Ele já tinha essa coisa de fazer com que essas vozes, que têm um outro modo de olhar o mundo, entrassem dentro da escrita”, disse. Outros autores como Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto e Carlos Drummond de Andrade também marcaram sua trajetória.

O secretário de Cultura do Rio, Lucas Wosgrau Padilha, elogiou a contribuição de Couto para a literatura. “Mia Couto atravessa oceanos, reconstrói palavras e faz a fantasia servir à ficção histórica”, afirmou. Ele ressaltou a importância de eventos que promovem a literatura e aproximam leitores de autores africanos.

Carlos Eduardo Pereira também comentou sobre a relevância de iniciativas que conectam o público leitor a autores africanos, sugerindo sessões de contos e poesias em livrarias brasileiras. O evento fez parte de uma programação especial que incluiu intervenções em outras livrarias da cidade.

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