04 de jun 2025
Fanny Sanín inaugura retrospectiva em Nova York com mais de sessenta anos de arte abstrata
Fanny Sanín, ícone do abstrato, apresenta sua primeira retrospectiva em Nova York, reunindo seis décadas de arte até 26 de julho.
Foto: Reprodução
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Fanny Sanín, artista colombiana de oitenta e sete anos, inaugura sua primeira retrospectiva institucional em Nova York, intitulada "Geometric Equations". A exposição, que reúne mais de sessenta anos de sua obra, será aberta na The Americas Society e ficará em cartaz até 26 de julho.
Sanín é reconhecida como uma das pioneiras do arte abstrato na América Latina e nos Estados Unidos. Com um currículo que inclui mais de trezentas exposições coletivas e cinquenta e cinco individuais, sua trajetória é marcada pela evolução de estilos e técnicas, sempre destacando o uso vibrante de cores e simetria. A artista, que se mudou para Nova York em 1971, expressa sua emoção ao revisitar suas obras, que evocam memórias de exposições passadas e pessoas que marcaram sua carreira.
A artista compartilha que a retrospectiva traz uma mistura de alegria e melancolia. "Cada quadro corresponde a uma época e me faz lembrar da galeria onde foi exposto", afirma. Sanín também destaca o apoio incondicional que recebeu de sua família, que sempre incentivou sua paixão pela arte. Ela se formou na Universidade de Los Andes, onde teve uma sólida formação humanista.
Reconhecimento e Desafios
Sanín expressa gratidão pelo reconhecimento que recebeu ao longo de sua carreira, enfatizando que o apoio de colegas e admiradores é mais significativo do que o sucesso comercial. Recentemente, foi nomeada Doutora Honoris Causa pela Universidade de Antioquia, onde contribuiu com murais. A artista continua a inspirar jovens pintoras, orientando-as em sua trajetória artística.
Embora tenha enfrentado desafios relacionados ao gênero, especialmente ao chegar em Nova York, Sanín não se deixou abater. Ela recorda de um protesto histórico em junho de 1970, que exigia maior inclusão de mulheres artistas nas exposições. "Sofri discriminação, mas nunca tive problemas para expor na América Latina e na Europa", diz.
Processo Criativo
Atualmente, Sanín pinta diariamente, dedicando-se a cada obra com rigor. Para cada peça, realiza entre dez e quinze estudos, levando cerca de um mês para finalizar a obra em tela. Ela opta por não dar títulos às suas pinturas, comparando-as a sinfonias musicais, que não necessitam de explicações.
A artista reflete sobre sua vida em Nova York, que inicialmente parecia desafiadora, mas se tornou seu lar. "Aqui me sinto segura e independente", afirma. Apesar de sua conexão com a Colômbia, Sanín não planeja retornar, pois encontrou na cidade um ambiente propício para sua arte e estilo de vida.
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