Carmen Boullosa destaca sua trajetória literária na Feira do Livro de Madrid

Carmen Boullosa, renomada escritora mexicana, participou recentemente da Feira do Livro em Madrid. Durante o evento, ela discutiu temas como escrita e nostalgia, além de compartilhar suas leituras favoritas e reflexões sobre literatura e vida.

A autora, que vive entre Cidade do México e Nova York, é reconhecida por sua vasta obra literária e já recebeu diversos prêmios, como o José Emilio Pacheco e a Beca Guggenheim. Boullosa, que tem mais de cinquenta títulos publicados, lançou recentemente a novela El libro de Eva.

Em uma de suas falas, Boullosa revelou que a leitura de Cumbres borrascosas, aos doze anos, foi fundamental para sua formação como leitora. Ela também destacou que a morte de sua mãe, aos quinze anos, a motivou a se tornar escritora. Entre suas obras favoritas, mencionou The Bridegroom was a Dog, de Yoko Tawada, e a reedição de Ustedes brillan en lo oscuro, de Liliana Colanzi.

Reflexões sobre Literatura

A escritora ainda comentou sobre livros que não conseguiu terminar, como O manantial, de Ayn Rand, e destacou que costuma presentear amigos com Fuegos, de Marguerite Yourcenar. Boullosa também se mostrou fascinada pelo Códice Boxer, um manuscrito do século dezesseis, que a inspirou a explorar novas narrativas.

Além de literatura, Boullosa revelou suas preferências cinematográficas, citando Los Caifanes e Warriors como seus filmes favoritos. Ela também mencionou que, apesar de não assistir a séries, assistiu a The Wire em um momento de convalescência.

A escritora expressou sua visão sobre a juventude, considerando-a um "divino tesouro", e destacou seu interesse por eventos históricos, como o tornaviaje de Filipinas a Acapulco, que marcou o início do comércio do Galeão de Manila. Boullosa propôs que o próximo Prêmio Cervantes seja concedido a José Lezama Lima em 2026, ano em que o prêmio completará cinquenta anos.