08 de abr 2025
Heloísa Teixeira: a trajetória de uma intelectual que uniu arte, política e afeto
Helô, referência em comunicação e feminismo, revela seu lado "marginal" em documentário que explora sua vida e legado.
Heloisa Teixeira em um dos seus almoços em sua casa (Foto: Arquivo pessoal)
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Helô, uma influente figura no campo da comunicação e feminismo, era conhecida por sua abordagem acolhedora e inovadora. Recentemente, foi revelado que ela estava desenvolvendo um projeto de documentário sobre sua vida, que exploraria seu lado "marginal". Sua metodologia de pesquisa, que adotava uma abordagem cartográfica, impactou muitos ao seu redor, refletindo sua visão única sobre a intersecção entre arte e política.
A relação de Helô com seus alunos e colaboradores era marcada pela informalidade e pelo afeto. As portas de sua casa estavam sempre abertas, e as reuniões frequentemente começavam com um almoço. Ela acreditava que o afeto e a pesquisa estavam interligados, frequentemente perguntando: “E o coração?”. Seu pragmatismo se manifestava em conselhos diretos, como quando desafiava seus assistentes a não temerem críticas, afirmando que “só não leva porrada quem não se coloca!”.
Helô também se destacou por sua capacidade de escutar e integrar diferentes vozes feministas em seus projetos. O livro Explosão Feminista, publicado em dois mil e dezoito, foi escrito durante um período de intensas manifestações feministas no Brasil. Ela incentivava a troca de experiências e a escuta ativa, promovendo um diálogo inclusivo entre mulheres de diversas origens e experiências sociais. Sua metodologia cartográfica permitiu uma análise abrangente da produção cultural durante a ditadura brasileira, destacando a importância de conectar diferentes saberes.
Além de seu trabalho acadêmico, Helô tinha um lado pessoal vibrante e cheio de histórias. Sua relação com o cinema marginal e sua admiração por figuras como Rachel de Queiroz revelavam uma mulher que buscava a liberdade em suas escolhas. Ao final de sua vida, Helô estava prestes a tomar posse na Academia Brasileira de Letras, quando decidiu explorar sua faceta "marginal" em um documentário, revelando uma nova dimensão de sua identidade.
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